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NEUROREABILITAÇÃO: OTIMIZANDO A NEUROPLASTICIDADE NA CONQUISTA DA FUNCIONALIDADE

Rita Cardoso Francisco

Apresentado a 17.05.2014 - Pós-Graduação em Acidente Vascular Cerebral - Lisboa

Resumo: O AVC na criança é uma causa importante de incapacidade, tem uma apresentação clínica comparativamente a adultos e uma incidência de 2-4 / 100.000. Particularidade dos diferentes tipos de AVC. As sequelas são motoras, sensitivas, sensoriais/ preceptivas, alterações da fala/ linguagem, problemas na alimentação, perturbações cognitivas, alterações emocionais/ comportamentais. Na sua maioria conduz a atraso do desenvolvimento psico-motor. O AVC perinatal conduz a défices neurológicos em até 60% dos casos. É importante identificar precocemente, referenciar rapidamente e intervir de forma imediata, sempre em equipa multidisciplinar. Existe uma maior evidência de eficácia na intervenção precoce. A intervenção neste período único de plasticidade pode atenuar as consequências do AVC perinatal numa extensão impossível em intervenções mais tardias, preservando o padrão de desenvolvimento das vias motoras descendentes o mais normal possível. A reabilitação é o processo que tem como objetivo (capacitar) melhorar as pessoas com incapacidade no sentido de alcançar ou manter uma função ótima física, sensorial, intelectual, psicológica e social. Oferecendo ferramentas para ganho ou manutenção de independência e autodeterminação. É fundamental a participação ativa da criança e a família no processo de reabilitação. A definição de objetivos com a criança e a família é o componente nuclear da intervenção multidisciplinar. Abordagem de 4 intervenções de reabilitação no AVC em idade pediátrica, cuja base de ação é a neuroplasticidade: Terapia de Restrição de Movimento, Terapia Bimanual, Terapia com Espelho e Estimulação magnética transcraniana repetitiva.