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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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CONTRIBUIÇÃO DO LABORATÓRIO PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA INFECÇÃO AGUDA PELO VIH.

Carlos Flores; Lídia Santos; Lurdes Lopes; Marvin Oliveira; Patrícia Miguel; Paula Baranito; Paula Branquinho; Rita Côrte-Real.

Afliações:
Serviço de Patologia Clínica, Área de Diagnóstico Biomédico, Hospital de São José, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.

Divulgação:
- Sessões Clínicas do serviço de Medicina 1.4 do Hospital de São José, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE. Sob forma de comunicação oral.
- IV Jornadas de Patologia Clínica – Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE. Sob forma de comunicação oral.

Resumo:
Introdução: A infecção aguda pelo VIH é definida pelo período entre a exposição ao vírus e o início da produção de anticorpos. A identificação das pessoas com infecção aguda é muito importante para a aplicação das medidas preventivas e terapêuticas necessárias à diminuição da taxa de transmissão. O diagnóstico laboratorial da infecção pelo VIH é feito pela detecção de marcadores virais, antigénios e anticorpos, que surgem sequencialmente em circulação.
Objectivo: Avaliar o algoritmo utilizado no CHLC na detecção precoce da Infecção pelo VIH-1.
Material e métodos: Identificaram-se todos os pedidos de serologia positiva para o VIH-1/2 no período entre 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2013 para os quais foram efectuados o teste confirmatório. O teste de rastreio utilizou uma técnica de CMIA para detecção qualitativa do antigénio p24 e anticorpos IgG e IgM para o VIH-1/2 (teste de 4ª geração). O teste confirmatório consistiu numa técnica de Western blot. Nos casos em que o resultado do Western blot foi negativo ou indeterminado para o VIH-1 foi efectuada a pesquisa isolada do antigénio p24 por ELFA para confirmação de infecção aguda. Das 3021 amostras analisadas foram identificadas 15 com teste de rastreio positivo e teste confirmatório negativo ou indeterminado para o VIH-1. A nossa população de estudo foi constituída por 13 homens (87%), apresentava uma média de idades de 32,3 (+/- 7,6) e a via de transmissão foi predominantemente sexual (73%). O serviço de Urgência Polivalente do H. S. José foi responsável por 73% dos pedidos. Dos 15 doentes analisados, 9 (60%) apresentavam teste confirmatório negativo e 6 (40%) indeterminado à custa da banda gp41. Foi feita a detecção do antigénio p24 em 12 doentes cujo resultado foi positivo.

Conclusões: No período que durou o estudo verificámos que apenas uma percentagem muito pequena (0,5%) de doentes foi identificada com infecção aguda por VIH. São necessários testes laboratoriais e algoritmos de diagnóstico que permitam a detecção e confirmação precoce da infecção pelo VIH mais rapidamente.

Palavras Chave:
Infecção aguda VIH, Western blot.