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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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ANESTESIA PARA CIRURGIA DE AMBULATÓRIO - CASUÍSTICA DE UM HOSPITAL PEDIÁTRICO

Ana Pinto Carneiro1, Margarida Gonçalves1, Teresa Cenicante2, Teresa Rocha3

Afliações:
1- Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
2- Assistente Hospitalar Graduado, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
3- Chefe de Serviço, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central

Divulgação:
- Reunião internacional - III Congresso Ibérico da Cirurugia de Ambulatório
- Comunicação Oral
- Menção Honrosa

Resumo:
Introdução: A cirurgia de ambulatório (CA) tem tido uma importância crescente ao longo dos anos, sobretudo na população pediátrica, pois este grupo etário reúne todas as condições inerentes a este tipo de cirurgia. De todas as vantagens destacam-se: alta hospitalar precoce com recuperação em ambiente familiar; diminuição da taxa de infecção nosocomial e redução dos custos hospitalares.
O uso de uma anestesia combinada, anestesia geral e regional, na CA está associada a uma excelente analgesia do intra e pós-operatório, com diminuição de complicações como náuseas e vómitos. O protocolo de profilaxia de náuseas e vómitos no pós-operatório é aplicado sempre de acordo com os factores de risco associados.
O objectivo do trabalho é avaliar a casuística da Unidade de Ambulatório (UA) num Hospital Pediátrico de referência, avaliar o tipo de anestesia utilizada e complicações no pós-operatório.

Métodos: Avaliação retrospectiva de todos os doentes pediátricos submetidos a anestesia para CA durante o ano de 2013. Variáveis analisadas: grupo etário, classificação ASA, procedimento cirúrgico, tipo de anestesia, complicações e follow-up às 24h.
Resultados/Discussão: Integrando todas as anestesias realizadas no âmbito da CA (cirurgia geral, urologia, cirurgia plástica, ortopedia/traumatologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, estomatologia) obteve-se uma percentagem significativamente maior de anestesia para CA em detrimento da anestesia para cirurgia não-ambulatória, a principal técnica anestésica utilizada foi a anestesia combinada e as complicações intra e pós operatórias foram escassas e de importância minor. Confirma-se também que a idade mínima de inclusão para CA na população pediátrica (recém nascidos (RN) de termo 6 meses e RN pré-termo 1 ano) utilizada pela nossa Unidade, é segura.
Conclusão: Sendo o Hospital de Dona Estefânia (HDE) considerado um Centro de referência de cirurgia pediátrica, e face aos resultados deste trabalho, confirma-se os critérios de inclusão para CA (anestésicos e cirúrgicos), a eficácia das várias técnicas anestésicas utilizadas com especial destaque a anestesia regional e combinada, e a escassez de complicações intra e pós-operatórias. De salientar que a percentagem de CA tem vindo a aumentar nos últimos anos e é este o objectivo implementado no HDE, sempre com respeito dos critérios de inclusão e exclusão assim como os critérios de alta para CA.

Palavras Chave: Cirurgia deAmbulatório, Pediatria