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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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MONITORIZAÇÃO DA ATIVIDADE GRIPAL NO CHLC

Branquinho, Paula; Miguel, Patricia  Lopes, Lurdes; Baranito, Paula, Flores, Carlos; Côrte-Real, Rita

Biologia Molecular, Patologia Clínica – Centro Hospitalar de Lisboa Central

Introdução – A Biologia Molecular (BM) do CHLC faz parte, desde Outubro de 2010, da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe. Esta Rede é constituída por 14 laboratórios de Portugal Continental,Madeira e Açores que semanalmente enviam informação sobre os pedidos de gripe efetuados através do preenchimento de uma base de dados construída para o efeito. O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados dos testes para os vírus Influenza na época de 2012-2013, até Março de 2013.

Material e Métodos – Os pedidosde testes para a gripe foram efetuados on-line e provenientes dos serviços de internamento, urgência geral, UCI e consultas externas de cinco Hospitais do CHLC. As amostras utilizadas foram zaragatoas da orofaringe e amostras respiratórias (liquido bronco-alveolar e secreções). O algoritmo de diagnóstico consistiu numa primeira fase num teste de PCR em tempo real que permitiu a discriminação entre os vírus Influenza A e B. No caso de positividade para Influenza A a identificação da estirpefoi obtida recorrendo a um teste de PCR clássico (multiplex). Foram analisados todos os pedidos desde a semana 40/2012 (início da notificação) até à semana 13/2013.

Resultados – O número total de pedidos para gripe foram 118 dos quais 46 positivos (38.9%) e 72 negativos. Os resultados positivos foram: influenza A 27 (58%) e influenza B 19 (41%). No que diz respeito às estirpes influenza A identificadas 25 (92.5%) foram H1N1pdm/2009 e 2 (7.4%) H3N2. Quanto à distribuição por serviços verificou-se um predomínio de resultados positivos no Hospital S. José (37), seguido do Hospital D. Estefânia (5) e Hospital Capuchos (4). O maior número de resultados positivos deu-se nas semanas 11 e 12 (10 e 9 casos respetivamente). Os vírus influenza B identificados registaram uma subida a partir da semana 9. Não houve repetição dos pedidos tendo sido feito um único teste por doente.

Conclusões – A metodologia utilizada pela BM permitiu uma resposta rápida e discriminativa das estirpes em circulação em Portugal, sendo assim possível o seguimento adequado destes doentes. Verificou-se uma percentagem elevada de H1N1pdm/2009 à semelhança dos outros laboratórios da Rede bem como uma subida inesperada de Influenza B na fase final da época de notificação, talvez associada a uma evolução do vírus ainda não caraterizada.

Palavras-chave: actividade gripal, monitorização, hospital