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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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FORMAÇÃO EM REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA PEDIÁTRICA - IMPACTO E SATISFAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

Raquel da Costa Neves1, João Ferreira Simões1, Rute Baeta Baptista2,3, Luís Pereira2,4, Pedro Garcia2,5, Rui Domingues2,6

1 - Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
2 - Centro de Simulação Avançada em Pediatria – SimPED, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
3 - Unidade de Nefrologia Pediátrica, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
4 - Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
5 - Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
6 - Unidade de Pediatria Médica 5.1, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

- Apresentado como poster em 22º Congresso Nacional de Pediatria

Introdução e objetivos: Em 2021 foi criado o Centro de Simulação Avançada em Pediatria – SimPED do Hospital Dona Estefânia para promover a formação dos profissionais. Realizámos um estudo transversal com o intuito de avaliar a satisfação dos profissionais em relação à formação e perceção do potencial impacto.
Métodos: Estudo transversal baseado na aplicação de um questionário, distribuído aos formandos após o curso de reanimação. Analisaram-se as respostas a 3 perguntas de resposta controlada, utilizando uma escala de Likert (pontuação mínima 1, máxima 5) para avaliar: utilidade do curso; perceção do potencial impacto na abordagem clínica e receptividade à repetição anual.
Resultados: Entre março e julho de 2022 foram inquiridos 355 formandos. Destes, 170 eram enfermeiros (48,2%), 69 médicos (19,5%), 58 assistentes operacionais (16,4%) e 58 pertenciam a outros grupos profissionais (15,9%). Do total, 156 (43,7%) já tinham realizado outros cursos do SimPED previamente. Quanto à sua utilidade, 319 (89,9%) consideraram “extremamente útil”, 28 (7,9%) “muito útil” e 6 (1,7%) “útil”. Em relação ao impacto da formação na alteração da abordagem da criança gravemente doente, 265 (74,6%) responderam “concordo totalmente”, 66 (18,6%) “concordo parcialmente”, 15 (4,2%) “não concordo nem discordo” e 2 (0,6%) “discordo totalmente”. Quanto a ser desejável a repetição anual destas formações, 311 (87,6%) consideraram “extremamente útil”, 29 (8,2%) “muito útil”, 11 (3,1%) “útil” e 3 (0,8%) “nada útil”. Não se constataram diferenças estatisticamente significativas nas respostas entre grupos profissionais.
Conclusão: A formação contínua em Emergências Pediátricas parece adequar-se às necessidades sentidas pelos profissionais, que a percecionam como tendo impacto na modificação da abordagem da criança gravemente doente. Pretende-se estudar prospectivamente a evolução do desempenho dos formandos antes e depois de formações em reanimação com recurso a simulação.

Palavras-chave: educação médica, inquérito, reanimação cardiorrespiratória, simulação.