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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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ESTUDO DE FOLLOW-UP DOS JOVENS INTERNADOS NO ANO DE 2018 NA UNIDADE PARTILHADA PARA ADOLESCENTES E JOVENS ADULTOS DO CHPL E CHULC

Sofia Vaz Pinto1, Inês Barroca2, Catarina Garcia Ribeiro1, Beatriz Leal4, Mónica Mata1, Sarah do Amaral1, Inês de Oliveira1, Ana Afonso Quintão3, Rita Amaro1, Sara Garcia 4, Rebeca Cifuentes1, Rita Mateiro4, Pedro Caldeira da Silva1, José Salgado4

1 - Especialidade de Pedopsiquiatria, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa;
2 - Pedopsiquiatria, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Lisboa;
3 - Psiquiatria, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Lisboa,
4 - Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Lisboa, Portugal

- XXXII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, no ano de 2022;
- Neste momento a aguardar publicação na Revista Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental;

Introdução: A faixa etária de transição, entre os 15 e os 25 anos de idade, é um período crítico de oportunidades e desafios para a intervenção em saúde mental. A avaliação dos cuidados prestados em unidades de internamento é fundamental para a compreensão e monitorização da eficácia e qualidade do tratamento, permitindo uma melhor planificação e prestação dos cuidados.
Objetivos: Avaliar o estado psicopatológico atual, qualidade de vida, grau de satisfação com os cuidados prestados, necessidade de reinternamento e manutenção do seguimento em consulta numa amostra de doentes internados na Unidade Partilhada.
Métodos: Estudo transversal e retrospetivo, realizado através de: consulta dos processos clínicos dos jovens internados pela primeira vez na Unidade Partilhada entre Janeiro e Dezembro de 2018; entrevista telefónica padronizada com aplicação de ficha de follow-up, versão reduzida do Mental Health Inventory e o Instrumento Abreviado de Avaliação da Qualidade de Vida da OMS.
Resultados/Conclusões: Num total de 277 doentes, foram obtidas 94 respostas válidas (33,9%); o diagnóstico de alta de Perturbação do Humor (54,3%) foi significativamente superior no sexo feminino e o de Perturbação Psicótica (23,4%) foi significativamente superior no sexo masculino (Fisher= 40; p<0,001). A duração do internamento (média=16,1 dias; DP=13,6 dias) foi significativamente superior para as Perturbações Psicóticas em comparação com as Perturbações do Humor (p=0,009). 38 (41,5%) dos jovens foram readmitidos, 14 (21,3%) num período inferior a 6 meses após a alta. 76 (80,9%) consideram estar “melhor”; e 62,7% estar “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” com a sua vida. 70 (74,5%) mantem acompanhamento em consulta, sendo pontuação do MHI significativamente inferior nos jovens sem seguimento atual. 35 (37,2%) referem estar “muito satisfeitos” ou “mais que muito” com o atendimento prestado. A valorização da opinião do doente permite uma maior aproximação entre os profissionais de saúde e os doentes jovens e consequentemente, a adesão ao tratamento.

Palavras Chave: follow-up; pedopsiquiatria; psicopatologia; psiquiatria; transição;