imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

RECÉM-NASCIDO DE RISCO. SINAIS DE ALARME. PATOLOGIA INFECCIOSA

Maria Teresa Neto.

Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE. Faculdade de Ciências Médicas, UNL

- III Jornadas de Neonatologia do Hospital de Vila Franca de Xira 2012. 21/09.
  Vila Franca de Xira (Palestra)

Os sinais de alarme de risco de patologia infecciosa no período neonatal devem ser contextualizados e escalonados. O risco difere se trata de infecção de origem materna, hospitalar ou da comunidade.
Na infecção de origem materna existem sinais maternos e fetais/neonatais que se constituem como o chamado risco infeccioso bacteriano perinatal. Estes sinais são o alerta de que o RN pode vir a ficar doente. É importante reconhecê-los, saber atribuir-lhes o valor adequado e interpretá-los à luz da clínica nunca esquecendo que risco é risco e doença é doença. Do mesmo modo é importante saber como actuar perante uma situação clínica de risco infeccioso: quais os agentes mais comuns na infecção de origem materna, que medidas preventivas existem, que exames pedir, que antibióticos prescrever, durante quanto tempo.
Nas infecções de origem hospitalar é fundamental reconhecer os múltiplos factores intrínsecos que o RN apresenta, sobretudo o pré-termo; conhecer os riscos extrínsecos mas relacionados com o doente e os relacionados com a Unidade hospitalar onde está internado. Ponderar a colocação de CVC, cumprir as regras de assépsia na sua introdução e manutenção e avaliar a sua necessidade frequentemente, são bons princípios para controlo da infecção relacionada com os CVC. A lavagem das mãos continua a ser a medida isolada mais importante no controlo da infecção hospitalar
Por fim devemos sempre reconhecer a obrigação de prestar ensinamentos de puericultura na alta da maternidade no sentido de sensibilizar a mãe para os cuidados de higiene redobrados com os filhos mais velhos sobretudo quando chegam do infantário ou da escola, da necessidade de familiares e amigos lavarem as mãos antes de pegarem no RN e de se absterem de beijar a criança e ainda, do risco real que existe em passear com o RN em locais públicos, fechados, com grande aglomeração de pessoas.

Palavras-chave: Risco infeccioso, infecção perinatal, infecção da comunidade, infecção hospitalar.