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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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A MORFOLOGIA ENDOTELIAL E A ESPESSURA CENTRAL DA CÓRNEA EM IDADE PEDIÁTRICA

Joana Cardigos, Guilherme Neri, Sara Crisóstomo, Ana Paixão, Mariza Martins, Margarida Marques, Alcina Toscano

 1- Serviço de Oftalmologia, CHLC

Artigo Oftalmologia 2017, vol 41 (4): …

Resumo:
Introdução: O estudo morfológico e funcional do endotélio corneano é essencial para a criação de bases normativas de comparação, com utilidade na prática clínica e investigação científica. O objectivo deste estudo é a avaliação da morfologia endotelial e espessura central da córnea (ECC) em crianças saudáveis entre os 5 e os 15 anos, avaliando a sua variação segundo a idade. Métodos: Estudo de coorte transversal de 40 olhos de 40 crianças saudáveis, divididos em dois grupos. O grupo 1 formado por 20 crianças entre os 5-9 anos; o grupo 2 formado por 20 crianças entre os 10-15 anos. A densidade celular endotelial (DCE), o coeficiente de variação (CV) e a percentagem de células hexagonais (HEX) foram avaliados por microscopia especular de não contacto. A ECC foi avaliada por tomografia de segmento anterior. Resultados: A DCE revelou-se maior no grupo 1 (2906,05 ± 344,91 cel/mm2) comparativamente ao grupo 2 (2597,89 ± 276,61 cel/mm2 ), (p= 0,003). Não foram encontradas diferenças significativas relativas ao CV, HEX e ECC entre o grupo 1 e o grupo 2. ADCE correlacionou-se negativamente com a idade (r=-0,438 e p=0,005) e a percentagemde células hexagonais correlacionou-se negativamente com o CV (r= - 0,345; p= 0,029). Conclusão: A DCE diminui com o aumento da idade em crianças saudáveis. Não se verificaram variações significativas da CV, HEX e da ECC entre os dois grupos etários. Salienta-se a importância dos dados obtidos como base normativa e a sua relevância para estudo da patologia da superfície ocular na criança.

Palavras Chave: microscopia especular, paquimetria, densidade celular endotelial, coeficiente de variação, percentagem de células hexagonais.