imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

GLOMERULOPATIA NA DOENÇA DE CÉLULAS FALCIFORMES

Gustavo Queirós.

Unidade de Nefrologia, Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.

- Sala de Conferências do HDE, 14 de Fevereiro de 2012 (Apresentação).

O impacto nefrológico da doença de células falciformes (DCF) é progressivo, manifestando-se na sua forma mais grave na idade adulta sob a forma de insuficiência renal terminal até 20% dos pacientes. Contudo, os sinais iniciais de lesão renal manifestam-se em idade pediátrica, estando preconizada a avaliação anual da microalbuminúria como método de rastreio. A terapêutica preventiva clássica nos casos de proteinúria significativa baseia-se no uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), embora seja ocasionalmente ineficaz. Nessa situação, há autores que preconizam a utilização da hidroxiureia (mesmo na ausência dos critérios classicamente definidos). Para conhecimento desta realidade a nível local, com o acordo da Unidade de Hematologia, procedeu-se à recolha dos dados laboratoriais e terapêuticas usadas na população com mais de 7 anos de idade com DCF seguidos naquela Unidade durante o ano de 2011.
Por fim, é apresentada uma proposta de protocolo de actuação clínica para rastreio e terapêutica da nefropatia nesta população e discutida a terapêutica para os casos refractários a IECA, nomeadamente o alargamento de espectro de indicações da hidroxiureia.

Palavras-chave: glomerulopatia, doença de células falciformes, criança, casuística.