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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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UM CASO DE ANAFILAXIA À METILPREDNISOLONA

Vânia Sousa1, Patrícia Marques2, Vera Almeida3, Miguel Paiva4, Paula Pinto4

1 - Serviço de Pediatria, Área Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central – E.P.E.
2 - Serviço de Pediatria, Hospital do Espírito Santo de Évora – E.P.E.
3 - Serviço de Pediatria, Hospital de Santarém – E.P.E.
4 - Serviço de Imunoalergologia, Área Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central – E.P.E.

- 16º Congresso Nacional de Pediatria, 22 a 24 de Outubro de 2015, Albufeira - Poster com discussão

Introdução: Apesar da ampla utilização dos corticóides em patologias imunológicas, a alergia a estes fármacos pode ocorrer em 0,5 a 5% dos casos, sendo mais frequentes as reacções de contacto tardias aos corticóides tópicos. As reacções de hipersensibilidade imediata aos corticóides sistémicos são muito raras (0,1 a 0,3%). Caso clínico: Rapaz, 10 anos de idade, com história de Asma, Rinite alérgica e alergia às Proteinas do Leite de Vaca (com anafilaxia). Terapêutica habitual com fluticasona inalada brônquica, montelucaste e cetirizina. Observado no serviço de urgência por agudização da asma, tendo sido medicado inicialmente com broncodilatadores inalados e, por persistência de dificuldade respiratória, foi-lhe prescrito succinato de metilprednisolona intravenoso. Poucos minutos após administração observou-se agravamento significativo da DR, com cianose e hipoxémia a que se associou vómito e urticária da face.. Face a clínica sugestiva de reacção anafilática foi administrada adrenalina intramuscular observando-se rápida resolução do quadro. Em ambulatório foram realizados testes cutâneos com corticoides que foram positivos para metilprednisolona. Posteriomente realizou-se prova de provocação intravenosa com dexametasona que foi negativa, tolerando, também, terapêutica oral com betametasona e deflazacorte. Discussão: A anafilaxia aos corticóides sistémicos é uma situação rara, mas que pode constituir risco de vida. Os fármacos mais frequentemente implicados são a hidrocortisona, prednisolona e metilprednisolona (corticóides categoria A), habitualmente após administração intravenosa. Nestas situações torna-se importante encontrar alternativas igualmente eficazes em caso de necessidade de corticoterapia.

Palavras-Chave: anafilaxia, metilprednisolona