imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

Nefrolitíase pediátrica – Morbilidade associada nos Últimos 5 anos

Andreia Martins1, Andreia Morais2, Susana Abreu3, Telma Francisco4, Margarida Abranches4

1 - Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.;
2 - Hospital José Joaquim Fernandes- ULSBA, EPE;
3 - Unidade de Cardiologia Pediátrica, Hospital Santa Marta, CHLC, E.PE.;
4 - Unidade de Nefrologia Pediátrica, Hospital de Dona Estefânia, CHLC, EPE;

- Reunião da Área de Pediatria Médica, 26/5/2015, Lisboa (Comunicação Oral)

Introdução e objectivos: A nefrolitíase, patologia menos frequente na idade pediátrica em comparação com o adulto, tem vindo a aumentar a sua prevalência nas últimas décadas. A génese deste aumento é multifactorial mas a alteração do padrão alimentar parece ter uma responsabilidade importante. O maior consumo de alimentos processados, conservados com sal, ricos em teor proteico e cálcio em detrimento do consumo de fruta e legumes e um aumento do consumo de refrigerantes poderão ser uma causa relevante no aumento da prevalência da litíase renal na criança.
A nefrolitíase tem um elevado grau de morbilidade e pode evoluir com complicações que adquirem gravidade clinica importante se o diagnóstico não for precoce e o tratamento adequado. Por “tratamento adequado” entende-se a destruição, remoção e eliminação dos cálculos com recurso a técnicas cirúrgicas. Sem desprezar a avaliação exaustiva da componente metabólica, a terapêutica médica tem fraco contributo na dissolução e consequente eliminação dos cálculos já formados. Mas, após a remoção dos cálculos, desempenha um papel primordial na diminuição da recorrência da nefrolitíase.
Resultados: Na consulta de nefrologia pediátrica verificamos um aumento da referenciação por nefrolitíase nos últimos 5 anos, de janeiro de 2010 a dezembro de 2014, de 2,96% para 8,76%.
Os autores apresentam nove casos clínicos de nefrolitíase que cursaram com complicações nefro-urológicas de gravidade variável: obstrução uretral, obstrução ureteral, infecção urinária com evolução para pionefrose/abcesso renal, alterações da função renal, rotura de bacinete.
Conclusões: A utilização de técnicas cirúrgicas não invasivas, ainda não disponíveis no CHLC, constitui actualmente um avanço terapêutico importante na nefrolitíase pediátrica. Está demonstrada a sua eficácia na destruição e eliminação dos cálculos, com consequente diminuição da morbilidade associada e preservação da função renal.

Palavras Chave: nefrolitíase, complicações, tratamento