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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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IMPORTÂNCIA DO PH DA AMOSTRA NA DETERMINAÇÃO DAS CATECOLAMINAS URINÁRIAS POR HPLC

Margarida Mântua

1 – Centro Hospitalar Lisboa Central 2 – Laboratório de Patologia Clínica

- Reunião Institucional – poster

Resumo:
Introdução: Sendo a qualidade da amostra uma condição fundamental na avaliação das catecolaminas urinárias, é fundamental um rigoroso cumprimento das normas estabelecidas no Manual das Colheitas.
Na base da separação cromatográfica das catecolaminas urinárias por HPLC, está o carácter mais ou menos hidrofóbico dos analitos o que varia com a sua ionização. Esta é condicionada pelo pH do meio, tornando-se indispensável o seu controlo para  garantir uma correcta avaliação das catecolaminas.
Objectivo: Avaliar a influência do pH na estabilidade da amostra e nos resultados das catecolaminas fraccionadas, em urina de 24h.
Material e Métodos: Foram avaliadas 10 amostras aleatórias de urinas de 24 h acidificadas de 10 doentes. As amostras foram conservadas refrigeradas durante uma semana e ajustadas a pH diferentes (2-3, 6-7 e 8-10). Pós-extracção, foram separadas por método de HPLC em fase reversa e quantificadas por detecção electroquímica (BIO-RAD Laboratories GmbH).
Resultados: As catecolaminas fraccionadas (Noradrenalina, Adrenalina e Dopamina), mostraram relativa estabilidade na maioria das amostras, de pH ácido a neutro, registando-se no entanto uma diminuição média de valores de cerca de 15%. A pH alcalino verificou-se uma queda acentuada em todas as fracções, sobretudo na dopamina. Em apenas um caso, o significado dos resultados face aos valores de referência, foi alterado.
Conclusões: Ao alcalinizarmos as amostras, os analitos vão neutralizando e deixam de interagir com as resinas na fase de extracção, sendo eliminados pelos solventes. A sua eliminação pode explicar a diminuição dos resultados em pH alcalino.
Apesar da escassez da amostragem, verificou-se diferença de comportamento das amostras face a variações de pH o que pode ser devido ao facto de cada uma ter a sua matriz biológica.
Em resumo, a análise das catecolaminas urinárias deve ser sempre executada em amostras com pH<7, para garantir a estabilidade da amostra e assegurar a sua sensibilidade diagnóstica.

Palavras Chave: pH, Catecolaminas, Urinas