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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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HISTERECTOMIA TOTAL LAPAROSCÓPICA – HOSPITAL GARCIA DE ORTA

Sara Coelho, Isabel Lobo Antunes, Joana Curado, Maria João Palma, Margarida Enes, Filipa Passos

1- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
2- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Garcia de Orta, EPE, Almada.
3- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Garcia de Orta, EPE, Almada.
4- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Garcia de Orta, EPE, Almada.
5- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
6- Departamento de Ginecologia-Obstetricia, Hospital Garcia de Orta, EPE, Almada.

- XIII Congresso Português de Ginecologia.

Resumo:
Introdução: A histerectomia total laparoscópica (HTL) é a via de eleição em alternativa à via abdominal. Todas as vantagens da via laparoscópica têm demonstrado uma clara redução dos custos associados ao internamento. No HGO esta técnica foi iniciada em Fevereiro de 2014.
Objectivo: Avaliar os desfechos de todas as histerectomias totais laparoscópicas realizadas no Serviço de Ginecologia do Hospital Garcia de Orta.
Material e Métodos: Realizámos a avaliação retrospectiva das doentes propostas para  HTL no nosso serviço entre Fevereiro de 2014 e Janeiro de 2015 Analisámos vários parâmetros incluindo: idade, paridade, índice de massa corporal (IMC), status pós-menopausa, antecedentes cirúrgicos, indicação cirúrgica, tempo operatório, peso do útero,  necessidade de morcelação via vaginal, tipo de sutura da cúpula, taxa de complicações e de conversão para laparotomia, resultado histológico e  tempo de internamento.
Resultados: No período do estudo foram propostas para HTL 15 doentes. A idade média foi de 50,4 anos (min. 40-máx. 76), o IMC médio foi de 24,4 (min. 17-máx. 34); 13% (n=2) estavam na pós-menopausa; 43% (n=6) tinham antecedentes de cirurgias abdominais. A indicação cirúrgica mais frequente para HTL foi hemorragia uterina anómala (HUA) (n=8), seguida de dor pélvica com patologia uterina (n=3), massa ovárica associada a patologia uterina (n=2) e patologia endometrial (n=2). Houve necessidade de conversão para laparotomia num dos casos, por motivos anestésicos, pelo que ficámos com uma amostra de 14 doentes. Nestas, o tempo operatório médio foi de 104,7 minutos (min. 55 –máx. 120). Em 28,6% (n=4)  realizámos ooforossalpingectomia bilateral  e salpingectomia bilateral em 71,4% (n=10). A morcelação por via vaginal foi necessária em 35,7% (n=5). Registámos um caso de lesão intestinal iatrogénica, que foi diagnosticada e resolvida intra-operatoriamente, sem outras complicações posteriores. O peso médio do útero foi de 301,96g (min. 84–máx. 700) e a duração média do internamento foi de 2,8 dias (min. 2-máx. 4).
Conclusões: Não é possível tecer conclusões comparativamente aos estudos publicados nesta área, dado a dimensão da nossa amostra e o reduzido tempo de seguimento pós-operatório. Limitámo-nos a avaliar os desfechos desta nova técnica introduzida recentemente. Na nossa opinião a HTL é uma técnica segura, devendo ser sempre considerada  uma alternativa à histerectomia abdominal se existirem cirurgiões com experiência nesta via. 

Palavras Chave: Histerectomia Total Laparóscopica.