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ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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HÉRNIA DE SPIEGEL ASSOCIADA A CRIPTORQUIDIA HOMOLATERAL - A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

Aline Vaz-Silva , Vanda Pratas-Vital, Fátima Alves, Dinorah Cardoso, Filipe Catela-Mota, Paolo Casella

Serviço de Cirurgia Pediátrica, Hospital D. Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Lisboa, Portugal

Publicado na Acta Urológica Portuguesa em Outubro 2015

Resumo:
A hérnia de Spiegel (HS) é uma entidade clínica infrequente, sendo particularmente rara na criança. Embora possa associar-se a fatores adquiridos, na criança a maioria dos casos parece dever-se a alterações congénitas. A HS associa-se muitas vezes com outros defeitos congénitos, sendo a associação mais frequente a criptorquidia ipsilateral, observando-se com elevada frequência a presença do testículo no saco herniário e não se identificando gubernáculo ou canal inguinal. Dado o risco de encarceramento e estrangulamento do conteúdo da HS, o seu diagnóstico precoce e tratamento atempado são essenciais. O tratamento consiste na herniorrafia e orquidopexia extra-dartos, que deverá ser realizada através de um túnel subcutâneo caso não se identifique canal inguinal. A frequência entre HS e criptorquidia homolateral sugere que a normal presença do testículo seja sempre pesquisada aquando do diagnóstico de HS, e que esta associação deve ser tida em consideração em casos de criptorquidia com testículo não palpável no seu habitual trajeto. Neste artigo descrevemos um caso clínico de um lactente com HS associada a criptorquidia, que foi submetido a herniorrafia e orquidopexia extradartos com criação de um trajeto inguinal para o testículo, abaixo do transverso do abdómen