imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

CONSUMO DE PLASMA NUM CENTRO HOSPITALAR: RESULTADOS PRELIMINARES

Anabela Aires, Sofia Gouveia, Nataliia Demydenko, João Carreira, Deonilde Espírito-Santo

Afliações:* Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa;

Divulgação: IX Congresso nacional da APIH, Viseu, Outubro 2015

INTRODUÇÃO
A utilização adequada de componentes sanguíneos é uma das principais responsabilidades do Imunohemoterapeuta. Existem normas nacionais e internacionais que definem as indicações para prescrição de plasma.  Embora relativamente limitadas, persistem variação e inconsistência na sua aplicação, pelo que importa investir na melhoria da qualidade dos cuidados e optimização de recursos.
No nosso Centro Hospitalar (CH), na maioria dos casos é utilizado plasma humano inactivado, sendo possível transfundir plasma fresco congelado em situações especiais.

OBJECTIVOS
- Avaliar a prática transfusional e contexto da utilização clínica de plasma no CH.

MATERIAL E MÉTODOS
- Consulta de todas as requisições de plasma, no período de 6, 9 ou 12 meses, de acordo com o consumo em cada pólo, em 2014;
- Revisão dos processos clínicos e história transfusional, através de consulta manual e/ou sistemas informáticos;
- Tratamento dos dados no programa Microsoft Excel 2007.

RESULTADOS
No período em estudo, foram atendidos 1015 pedidos de transfusão de plasma, sendo 61.6% doentes do sexo masculino e 38.4% do sexo feminino, com idade média de 49 anos.
Quanto ao preenchimento das requisições, 63.6% estavam correctamente preenchidas, 3.7% apenas com diagnóstico, 11.8% apenas com motivo para a transfusão e 20.9% sem informação.
Os principais motivos de transfusão foram situações de hemorragia activa (50.7%), realização de plasmaférese (18.5%) ou procedimentos invasivos (16.9%).
Os diagnósticos mais frequentes foram doença cardiovascular (22.9%), hepato-biliar (20.7%) e  SHU/PTT (13.4%).
Os serviços que mais transfundiram foram Unidades de Cuidados Intensivos/Intermédios (37.6%) e o Bloco Operatório (26.9%). Apenas 4.8% das transfusões foram realizadas no Serviço de Urgência.
Na maioria dos casos (56.6%) foi efectuada avaliação da eficácia transfusional.

CONCLUSÕES
É fundamental que cada serviço de medicina transfusional conheça a sua realidade e realize estudos para reduzir a transfusão inadequada.
Os resultados preliminares apontam para uma correcta prescrição do plasma no CH, embora a avaliação da conformidade com a norma nacional ainda esteja a decorrer.
A maioria das requisições estava correctamente preenchida, o que permitiu uma resposta rápida e responsável a nível do serviço de imunohemoterapia.