Afliações:
1- Interno de Anestesiologia, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
2- Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
3- Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
4- Interno de Anestesiologia, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
5- Assistente Hospitalar, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
6- Chefe de Serviço, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central
Divulgação:
- Reunião Nacional – XXIII Congresso Anual do CAR/ESRA Portugal 2015
Resumo:
Introdução: A fenda palatina é uma malformação congénita comum que requer reparação cirúrgica precocemente na infância, tratando-se de um procedimento associado a dor intensa e com potencial emético importante, factores que podem pôr em risco a viabilidade cirúrgica no pós-operatório. Uma alternativa descrita para analgesia e com riscos mínimos é o bloqueio do nervo maxilar (BNM) bilateral pela abordagem suprazigomática. Descrevemos 2 casos clínicos de crianças propostas para correção cirúrgica de fenda palatina e lábio leporino com realização deste bloqueio.
Casos clínicos: 2 crianças do sexo feminino com 5 meses e 1 ano de idade, ASA II. Após a indução da anestesia geral foi realizado o BNM bilateral com 0,15 ml/kg de Ropivacaína 0,2% em cada lado. No intra-operatório foi administrada uma dose única de Fentanil 3 mcg/kg. No período pós-operatório foi prescrita analgesia com Paracetamol e Metamizol. Não houve necessidade de analgesia de resgate até às 72h. Não se registaram complicações.
Discussão/Conclusão: O BNM bilateral parece uma alternativa eficaz no controlo da dor, diminuindo a necessidade de opióides no período perioperatório e os efeitos adversos que advêm da sua utilização. A abordagem suprazigomática minimiza os
riscos face a uma abordagem infrazigomática, nomeadamente punção ocular, injeção cerebral ou punção da artéria maxilar.
Palavras Chave: Bloqueio do nervo maxilar, fenda palatina