Afliações:
1- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
2- Departamento de Cirurgia Geral, Hospital São José, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
3- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
4- Departamento de Cirurgia Geral, Hospital São José, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
5- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
6- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
7- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
8- Departamento de Ginecologia-Obstetrícia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.
Divulgação:
- 2nd European Congresso on Intrapartum Care – Making Birth Safer.
Resumo:
Introdução: A apendicite é a causa não obstétrica mais comum de cirurgia emergente na gravidez, sendo mais frequente durante o segundo trimestre. A incidência global não está aumentada na gravidez mas a gravidade geralmente é maior devido ao diagnóstico mais tardio.
Objectivos: Realçar a importância do diagnóstico e terapêutica precoces num caso de apendicite no 3ºTrimestre da gravidez.
Metodologia: Revisão de um caso clínico e pesquisa bibliográfica com as palavras-chave: apendicite aguda e gravidez.
Resultados: Mulher de 38 anos, melanodérmica, multípara, recorre ao serviço de urgência (SU) às 34 semanas de gravidez por dor abdominal nos quadrantes superiores, associada a anorexia, náuseas e fezes de consistência diminuída com 24h de evolução. Apirética. Sem reação peritoneal. Tónus uterino normal. Cardiotocograma (CTG) categoria I. Análises sem alterações exceto Proteína C Reactiva (PCR) de 1.6 mg/dL. Fica internada para vigilância. Tem alta após 24h por melhoria do quadro clínico. Regressa ao SU 48h depois por contratilidade dolorosa tendo registado uma desaceleração no CTG e aumento da PCR para 7.8 mg/dL. Foi reinternada, verificando-se um agravamento do quadro álgico com migração da dor abdominal para o flanco e fossa ilíaca direita, sinal de Blumberg positivo e PCR 20 mg/dL. A doente é submetida a laparotomia por suspeita de apendicite aguda. No pós-operatório imediato verifica-se CTG de categoria III pelo que se faz uma cesariana emergente onde se observa a presença de um nó verdadeiro do cordão. A evolução foi favorável para mãe e filho. O resultado histológico revelou apendicite aguda gangrenosa com periapendicite.
Conclusões: A apendicite na gravidez, especialmente no 3ºtrimestre, é um diagnóstico dificultado pelo quadro clínico atípico e exames laboratoriais enganadores, requerendo um nível elevado de suspeição clínica afim de evitar a morbilidade e mortalidade materno-fetal associadas.
Palavras Chave: Gravidez, Apendicite.