Afliações:
1- Àrea de Pedopsiquiatria, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central,
Divulgação:
- XXVII Encontro da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (Poster)
- EFPT forum Porto (Poster) – versão em Inglês
- Peixoto et al. Anxiety and depression: towards a CBT competencies model in children and adolescents. IJCNMH 2015;2(Suppl. 1):P38 (Publicação de Abstract no International Journal of Clinical Neurosciences and Mental Health)
Resumo:
Introdução
Existe uma série de intervenções psicoterapêuticas de inspiração cognitivo-comportamental empiricamente validadas e recomendadas no tratamento de perturbações de ansiedade e depressivas em crianças e adolescentes. No entanto estas intervenções têm sido alvo de crítica, com investigações a indicar menor efetividade em populações clínicas ou com psicopatologia complexa. Torna-se assim crucial o desenvolvimento de um modelo de competências cognitivo-comportamentais específicas para integração da melhor evidência disponível à experiência clínica.
Objetivos
Sumarizar e rever dados relativos às abordagens existentes bem como os esforços recentes no desenvolvimento de um modelo de competências cognitivo-comportamentais, fornecendo informações para um treino clínico inovador com a integração e implementação dessas competências na prática diária.
Resultados
Apesar dos resultados positivos das intervenções cognitivo-comportamentais, existe ainda pouca evidência quanto ao seu potencial de translação na prática clínica, nomeadamente na adaptação flexível das sessões quanto ao desenvolvimento da criança e a fatores familiares. Têm surgido novas abordagens que adotam este novo paradigma, em particular, intervenções modulares e um modelo de competências genéricas, cognitivo-comportamentais e de técnicas específicas nas perturbações de ansiedade e depressivas em crianças e adolescentes.
Discussão
O desenvolvimento de intervenções cognitivo-comportamentais manualizadas permitiu avanços significativos no estudo e tratamento das perturbações de ansiedade e depressivas em idade pediátrica. No entanto o baixo potencial de disseminação, a sobreposição susbstancial entre protocolos e o encorajamento do pensamento em termos de categorias de psicopatologia impossibilitam a sua adesão consensual na prática clínica. Uma abordagem modular preserva os benefícios da estandardização inerente aos manuais enquanto permite flexibilidade ao usar um algoritmo para a aplicação individualizada das técnicas. O presente desenvolvimento de um conjunto de competências irá provávelmente ultrapassar desafios ao promover um currículo de formação mais sólido.
Conclusão
Abordagens integrativas continuarão a fornecer um enquadramento conceptual na operacionalização de competências clínicas necessárias aos terapeutas de crianças e adolescentes com perturbações internalizantes.
Palavras Chave: Ansiedade; Depressão; Pedopsiquiatria; Psicoterapia Cognitivo-Comportamental