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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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QUEM RECORRE AO SERVIÇO DE URGÊNCIA DE PEDOPSIQUIATRIA DE LISBOA?

Ana Teresa Prata1, Cátia Almeida1, Mariana Farinha1, Rita Ganhoto1, Ivo Peixoto1, Pedro Almeida Dias1, Francisca Padez Vieira1, Joana Mesquita Reis1,Ana Margarida Moreira1, Paula Vilariça1, Pedro Caldeira da Silva1

1. Unidade de Pedopsiquiatria, Área de Pedopsiquiatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, Lisboa

- XXV Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência 2014, 14-16/05/2013, Faro (Poster)
- 16th World Congress of Psychiatry, 14-18/09/2014, Madrid (Comunicação Oral)
- 5º Encontro Nacional de Internos de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Lisboa (Poster)
- Prémio de Melhor Poster no 5º Encontro Nacional de Internos de Psiquiatria da Infância e da Adolescência

Introdução: A recorrência de crianças e adolescentes aos serviços de saúde mental em Portugal tem vindo a aumentar. Em contexto de serviço de urgência pedopsiquiátrica também se tem constatado um aumento na frequência e na severidade dos casos. Porém, estas questões não têm sido claramente avaliadas nos últimos anos.
Objetivos: O presente estudo pretende, neste contexto, identificar os padrões de acesso e caracterizar a população que recorreu ao serviço de urgência de pedopsiquiatria de Lisboa ao longo do ano de 2013.
Métodos: Revisão bibliográfica. Seleção de variáveis (caracterização demográfica, acompanhamento atual por serviços de saúde mental, motivo de admissão, visitas prévias ao serviço de urgência pedopsiquiátrica; tipo de intervenção). Os dados foram recolhidos a partir do sistema de software informático do serviço de urgência (HCIS®), com posterior cruzamento de dados com os da folha de registo de atividade do médico de urgência de pedopsiquiatria. A informação foi submetida a processamento estatístico (em SPSS®), com análise descritiva e correlação de variáveis.
Resultados: Os nossos resultados mostram uma maior prevalência de adolescentes a recorrer ao serviço de urgência, predominantemente com idade superior a 15 anos, com sintomas comportamentais e do humor e episódios auto-lesivos. É verificada uma variabilidade mensal, com maior afluência em maio, outubro e novembro.
Conclusões: Estes resultados permitem-nos tecer a conclusão de que há uma afluência maior de casos observados nas urgências pedopsiquiátricas em Portugal. Devido à sua prevalência, os adolescentes mais velhos com patologias graves são o foco da nossa preocupação. São necessários mais estudos que permitam compreender as suas causas, consequências e as necessidades de mudança em prol da melhoria dos cuidados de saúde mental infantil.  

Palavras Chave: urgência; pedopsiquiatria; comportamentos auto-lesivos; doença mental