1- Departamento de Pediatria do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE;
2- Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa
- 15º Congresso Nacional de Pediatria (Poster)
Introdução: A enterocolite induzida por proteínas alimentares (EIPA) é uma hipersensibilidade gastrointestinal alimentar não mediada por IgE, provavelmente mediada por células. O mecanismo fisiopatológico permanece incerto. O leite de vaca, a soja e o arroz são as causas mais comuns de EIPA.
Objectivo: Caracterizar os caos de EIPA diagnosticados num Hospital Pediátrico num hospital terciário da área da grande Lisboa. Material e Métodos: Estudo restrospectivo descritivo, de 2010 a 2013, das EIPA diagnosticadas na consulta de Imunoalergologia através da consulta dos processos clínicos. Foram analisados dados demográficos, epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e terapêuticos.
Resultados: Registaram-se 5 casos, do sexo masculino, sendo a mediana de idades na altura do diagnóstico de 6 meses (3-29). Quatro crianças foram alimentadas com leite materno exclusivamente, com mediana de duração de 4,5 meses (4-6). Os sintomas mais frequentes foram: vómitos (5) e diarreia (2). As proteínas alimentares identificadas foram: leite de vaca (3), ovo (1) e batata (1). Todas as crianças apresentaram IgE específicas e testes cutâneos por picada negativos. Foi realizada prova de provocação oral para confirmação diagnóstica e avaliação da tolerância alimentar. A evicção da protéina em causa foi realizada em todos os casos.
Conclusões: A EIPA é uma entidade de dificíl diagnóstico, frequente na idade pediátrica e que exige um elevado grau de suspeição clínica através da história clínica. O diagnóstico precoce e a evicção do alimento são fundamentais para prevenir terapêuticas desadequadas.
Palavras Chave: enterocolite induzida por proteínas alimentares; alergia alimentar