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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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ATITUDE DE CRIANÇAS EM TURMAS DE INCLUSÃO ESCOLAR PERANTE OS SEUS PARES COM DEFICIÊNCIA.

Tânia Serrão1; Daniel Virella 2-3

1-      Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.

2-      Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.

3-      Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.

- 15º Congresso Nacional de Pediatria, Albufeira, 2014 (poster)

Introdução. Nas últimas décadas, a inclusão das crianças com deficiência foi reconhecida como fator fundamental para o seu pleno desenvolvimento pessoal e intelectual; no entanto, a sua prática tem sido pouco avaliada. Objetivos. Procuram-se caracterizar os conceitos e atitudes de alunos urbanos do primeiro e segundo ciclos, sem deficiência, que frequentam turmas com algum aluno com deficiência. Métodos. Foi identificada uma escola pública da Grande Lisboa onde é praticada a inclusão escolar. Obtidos os consentimentos administrativos, foram selecionadas turmas que tivessem incluído pelo menos um aluno com deficiência motora e/ou mental. Obtido o consentimento informado e explícito dos responsáveis legais daqueles sem deficiência, seis a oito alunos de cada turma foram convidados a participar em sessões de grupos focais. As sessões foram anotadas, gravadas em áudio e transcritas, os dados foram organizados conforme os domínios abordados pelos questionários Assessment of Life Habits (LIFE-H) e KIDSCREEN e reavaliados de acordo com os componentes das atitudes: afetivo, comportamental e cognitivo. Resultados. Verificou-se uma diferença evidente nas atitudes expressas pelos grupos de alunos do primeiro e segundo ciclos. A definição, o nível de conhecimento e a aceitação dos indivíduos com deficiência parecem mais claros entre os alunos mais novos, enquanto os alunos do segundo ciclo demonstraram uma experiência muito pouco estruturada, que condicionou a ausência de relação. Os alunos expressam claramente a necessidade de receberem mais e melhor informação para conhecer e aceitar os seus colegas com deficiência. Conclusões. A inclusão escolar de alunos com deficiência requer programação para preparação não apenas de condições materiais mas, principalmente, humanas, assim como a monitorização do seu sucesso, assumindo os pontos de vista de todos os envolvidos.

Palavras Chave: inclusão escolar, deficiência, atitudes, comportamentos, grupos focais.