1- Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa central
2- NOVA Medical School/ Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa
3- Dietética e Nutrição, Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa.
- Mesa redonda - 11ª Reunião Pediátrica do Hospital S. Francisco Xavier. Lisboa, 04/04/2014
A nutrição do recém-nascido de Muito Baixo Peso após alta é um desafio, nomeadamente procurando prevenir ou mitigar a restrição de crescimento, a má-nutrição cerebral, a doença metabólica óssea e deficiências em micronutrientes, como a carência em ferro.
No momento da alta, o lactente nascido pré-termo pode estar amamentado, alimentado com leite humano fortificado, com “fórmula para pré-termo” ou alimentação mista. Habitualmente, continua amamentado se for o caso, ou a “fórmula para pré-termo” é substituída por “fórmula para após alta” (postdischarge formula - PDF). Estando alimentado com “fórmula para após alta”, de acordo com as recomendações da ESPGHAN (JPGN 2006, JPGN 2010) ao atingir 40 a 52 semanas de idade corrigida esta deve ser mantida se o crescimento for deficitário, ou substituída por fórmula para lactente se tiver crescimento satisfatório.
Têm maior risco de complicações os lactentes exclusivamente amamentados. Nestes casos está recomendada a suplementação com vitamina D, solução polivitamínica e ferro. Nos alimentados com “fórmula para após alta”, é suficiente a suplementação com vitamina D e ferro.
O crescimento deve ser vigiado usando as curvas Fenton & Kim (BMC Pediatr 2013), a doença metabólica óssea monitorizada pela vigilância de hipofosforémia e aumento da fosfatase alcalina e a anemia pela monitorização do hemograma e ferritina.
Palavras Chave: fórmula para após alta, nutrição após alta, pré-termo, suplementação