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ANUÁRIO DO HOSPITAL
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TERAPIAS ALTERNATIVAS E ALTERNATIVAS ÀS TERAPIAS

Eulália Calado

Serviço de Neurologia Pediátrica, àrea de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

III Jornadas da Associação de Paralisia Cerebral  de Guimarães, 22 Nov. 2013 (apresentação oral)
A Paralisia Cerebral (PC) é a doença neurológica, com afetação motora, mais frequente na idade pediátrica e com impacto ao longo de toda a vida,  pois mais de 90% atingem a idade adulta. A sua prevalência, estimada entre 1,5-2 /1000 nos países ocidentais  tem-se mantido quase inalterável nas últimas 3 décadas. Estima-se que em Portugal existam mais de 20.000 cidadãos com Paralisia Cerebral, a que anualmente se juntam mais 150-200 novos casos.
A nível europeu Portugal é um dos países pioneiros em providenciar terapias dirigidas à problemática da PC, com a 1ª. Associação de Paralisia Cerebral fundada em Lisboa em 1960 (há 53 anos!) a que se sucederam mais 15 Associações de PC, distribuídas por todo o país, incluindo Açores e Madeira.
O desencontro entre as expectativas dos pais e os resultados obtidos após múltiplos tratamentos de reabilitação ditos “clássicos” administrados nas Associações de PC, fá-los partir em busca de novas soluções terapêuticas, algumas delas teoricamente muito atractivas, mas sem qualquer evidência científica e que acabam por aumentar a frustração e a exaustão das famílias.
Na última década foram publicadas, em revistas científicas credenciadas, várias dezenas de revisões sistemáticas de avaliação de terapias usadas na Paralisia Cerebral e actualmente existem orientações bem definidas sobre as que resultam e as que não resultam a longo termo. Terapeutas, pais e indivíduos com PC devem estar informados destas investigações, de modo a obter resultados mais satisfatórios para todos.
A socialização, a participação e inclusão nas actividades comunitárias  e a escolha correta, e sempre cientificamente atualizada, das terapias de acordo com o tipo de PC e as caterísticas do indivíduo e da família, numa perspectiva evolutiva ( ou seja da criança ao idoso com Paralisia Cerebral) devem ser os objectivos norteadores de todos os profissionais que trabalham na área da Paralisia Cerebral.

Palavras-chave: paralisia cerebral, terapias alternativas