imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

INFECÇÃO URINÁRIA

Maria do Rosário Matos

Serviço de Radiologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E., Lisboa

 - O Essencial Em Pediatria, 2013, 18/06/2013, Lisboa

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda causa mais frequente de doença infecciosa em pediatria, a incidência variando com o género e grupo etário. A confirmação diagnóstica assenta numa urocultura positiva. Nos pacientes com indicação para investigação, os estudos de imagem permitem avaliar a presença de factores predisponentes, tal como a uropatia obstrutiva ou refluxiva, bem como na demonstração de alterações sequelares.

Objetivos: Propõe-se uma revisão dos exames radiológicos no estudo da infecção do trato urinário, indicações e aspectos semiológicos relevantes.

Discussão: A ecografia é o exame de primeira linha, possibilitando a caracterização do parênquima renal, sistema excretor e bexiga. Avalia a presença de malformações e/ou hidronefrose. A apreciação Doppler aumenta a sensibilidade na avaliação de pielonefrite aguda. A cintigrafia com DMSA, realizada por volta dos seis meses, avalia a função renal e detecta a presença de cicatrizes renais. A cistografia radiológica, por história de primeira/segunda ITU na criança, permite o despiste e gradação de refluxo, a avaliação morfológica da bexiga e uretra, da capacidade vesical e resíduo pós-miccional. A cistografia istotópica é uma alternativa à radiológica, sobretudo no follow-up, por implicar uma menor dose de radiação. Outras técnicas, a utilizar de forma criteriosa e em complementaridade, incluem os estudos istotópicos MAG3 e DTPA, a urografia de eliminação, a Ressonância Magnética e a Tomografia Computorizada. A TC é o exame de eleição na avaliação de complicações, nomeadamente de abcesso renal.

Palavras-chave: Infecção do trato urinário, ecografia, CUMR, Cistografia istotopica, DMSA