imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

EXAMES LABORATORIAIS PARA AVALIAÇÃO DE DOENÇA ALÉRGICA: SITUAÇÃO ACTUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS

João Marques1, Sara Carvalho1, Virgínia Matos2, Virgínia Loureiro, Paula Leiria-Pinto

1 - Serviço de Imunoalergologia, CHLC EPE
2 - Serviço de Patologia Clínica, CHLC EPE

Comunicação / Nacional

Introdução
As doenças alérgicas são frequentes na população em geral e estão associadas a sensibilização a alergénios do ambiente, como alimentos, pólenes, ácaros, fungos, insectos e medicamentos. A presença de anticorpos IgE específicos para alergénios caracteriza a sensibilização alérgica. Actualmente existe uma grande variedade de métodos in vivo e in vitro para avaliar a presença de anticorpos da classe IgE específicos para cada antigénio.

Métodos
Foi feita uma análise retrospectiva descritiva dos pedidos realizados, durante o ano de 2012 no CHLC, de IgE específicas e painéis de multialergénios (alimentares e inalatórios). Os números de pedidos foram divididos por serviço e calculadas as percentagens de valores positivos globais e por serviço. Os resultados obtidos foram comparados com os dados disponíveis de 2008, obtidos a partir de outro estudo semelhante.

Resultados
Durante o ano de 2012, no CHLC, foram requisitados 4864 pedidos de IgE específicas, 449 de painéis de multialergénios inalatórios e 334 alimentares. Relativamente às IgE específicas, os serviços principalmente responsáveis pela requisição deste método auxiliar de diagnóstico foram a Imunoalergologia (54%), Pediatria Médica (21%) e Pneumologia (17%). Quanto aos painéis de multialergénios, a maioria dos pedidos de painéis inalatórios foi feita pela Pediatria Médica (40%), Imunoalergologia (33%) e Pneumologia (10%). Relativamente aos painéis alimentares, 61% foram requisitados pela Pediatria Médica, 17% pela Imunoalergologia e 6% pela Pneumologia. O número de pedidos por doente e as percentagens de resultados positivos variam consoante o serviço, reflectindo as práticas clínicas de cada um dos mesmos. Comparativamente a 2008, encontrou-se uma redução de 56% no número de pedidos (Ano 2012: 1136; Ano 2008: 2383) no Serviço de Pediatria Médica.

Conclusões
A requisição criteriosa de meios auxiliares de diagnóstico, fundamentais na confirmação diagnóstica e monitorização da doença alérgica, é tema de constante reflexão. Nesta decisão deve ser sempre tida em conta a morbilidade, riscos e custos associados à sua requisição.

Palavras-chave: doença alérgica, exames complementares de diagnóstico