Serviço de Ginecologia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Lisboa
- IV Jornadas de Controlo de Infecção em Pediatria e III Jornadas de Controlo de Infecção em Ginecologia/Obstetrícia
Introdução: O estreptococos do grupo B coloniza o tracto gastrointestinal inferior em 10 a 30% das grávidas. É responsável por um espectro de infecção materna e fetal amplo desde colonização assintomática da mãe até septicemia neonatal e morte do recém-nascido. A prevenção da doença perinatal é realizada com antibioterapia em situações específicas desde 2010.
Objectivos: Caracterizar a população de parturientes portadoras de estreptococos do grupo B e avaliação da repercussão neonatal.
Métodos: Estudo retrospectivo das parturientes no período de Junho de 2010 a Junho de 2011 no Hospital Dona Estefânia.
Resultados: Do total de 1988 partos que decorreram nesse período, 186 grávidas (9,96%) estavam colonizadas. Realizaram antibioterapia 93,5% das parturientes. Apenas dois recém-nascidos apresentaram o diagnóstico de sépsis neonatal precoce e nas duas situações foi realizada profilaxia antibiótica superior a quatro horas.
Conclusões: A profilaxia antibiótica instituída foi eficaz na prevenção da infecção neonatal precoce. Existirão outros factores obstétricos que terão influência na infecção neonatal precoce como o tempo de duração de bolsa de água rota, trabalho de parto
induzido/espontâneo, duração do trabalho de parto e outros factores.