1 - Serviço de Radiologia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa;
- Apresentação em reunião institucional no serviço de Radiologia (apresentação final de estágio de Radiologia Pediátrica – Março 2022);
- Apresentação sob forma de poster electrónico em reunião nacional – XV Congresso Nacional de Radiologia 2022 – 28/09/2022 – 01/10/2022;
Objectivo: Rever a etiologia e epidemiologia dos tumores renais benignos e malignos em idade pediátrica. Identificar as principais características radiológicas e expor os diagnósticos diferenciais.
Material e Métodos: Análise retrospetiva e sistemática da literatura aliada à utilização iconográfica de casos clínicos do nosso Centro Hospitalar.
Resultados: Os tumores renais representam cerca de 7% de todos os tumores pediátricos, geralmente classificados como primário benigno, primário maligno ou metastático. Em concordância com a literatura, verificámos que, no nosso Centro Hospitalar, os tumores no período neonatal são predominantemente benignos; contudo, nas crianças mais velhas são frequentemente malignos, sendo o tumor de Wilms o tumor renal mais comum. É fundamental que o radiologista inclua os tumores renais menos comuns no espectro do diagnóstico diferencial, quando apropriado, apresentando impacto na linha diagnóstica, seguimento e tratamento dos doentes. A abordagem diagnóstica inclui primeiramente a ecografia, seguida de tomografia computorizada e/ou ressonância magnética, estas últimas com papel importante na melhor caracterização, avaliação da extensão tumoral e estadiamento.
Conclusão: Para além do tumor de Wilms, existe uma ampla variedade de tumores renais benignos e malignos. O radiologista tem um papel fundamental na interpretação dos achados imagiológicos que, em correlação com os dados clínico-laboratoriais, permitem uma adequada abordagem diagnóstica.
Palavras Chave: Pediatria, Radiologia, Rins, Tumores, Wilms