1 - Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
2 - Centro de Simulação Avançada em Pediatria – SimPED, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
3 - Unidade de Nefrologia Pediátrica, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
4 - Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
5 - Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
6 - Unidade de Pediatria Médica 5.1, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
- Reunião nacional “Congresso SPSim | RIEM 2022”
Introdução: A abordagem da criança gravemente doente em ambiente de simulação permite sistematizar competências em Medicina de Emergência Pediátrica, colmatando a relativa raridade destas situações. Em 2021 foi criado o Centro de Simulação Avançada em Pediatria – SimPED do Hospital Dona Estefânia (HDE) que implementou um plano formativo destinado aos profissionais hospitalares, com vista a atualizar conhecimentos nesta área.
Objetivo: Avaliar o grau de satisfação dos formandos.
Métodos: De março a dezembro de 2021 realizaram-se 64 sessões de Suporte Básico de Vida Pediátrico (SBVP) e Suporte Avançado de Vida Pediátrico (SAVP) (470 formandos). As sessões de SBVP destinaram-se a todos os profissionais do HDE e as de SAVP às equipas médicas e de enfermagem com funções no Serviço de Urgência, Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Infecciologia e Bloco Operatório. Cada grupo de formandos era constituído por médicos especialistas, internos da especialidade, enfermeiros e outros grupos profissionais. Nas sessões de SAVP foram aplicados questionários de satisfação pretendendo avaliar: conhecimentos iniciais, expectativas, adequação às necessidades formativas, funcionamento do curso e satisfação alcançada. Quatro das perguntas eram de resposta controlada (1: mau; 2: insuficiente; 3: suficiente; 4: bom; 5: muito bom) e 1 de resposta aberta (comentários/sugestões).
Resultados: Obtiveram-se 212 respostas (taxa de resposta 88%). Em relação aos conhecimentos prévios à formação, 110 (52%) classificaram-nos como suficientes, 59 (28%) como bom, 32 (15%) como insuficiente e 10 (5%) como muito bom. Relativamente à correspondência às suas expectativas, 139 (66%) classificaram-na como muito boa, 70 (33%) como boa e 3 (1%) como suficiente. Quanto à adequação às suas necessidades, 152 (72%) classificaram-na como muito bom, 53 (25%) como boa, 5 (2%) como suficiente e 1 (<1%) como insuficiente. Quanto aos níveis de satisfação global alcançados, 112 (53%) classificaram como muito boa, 91 (43%) como boa, 4 (2%) como suficiente e 5 (2%) não responderam à questão.
Conclusão: A implementação deste programa formativo permite o treino de capacidades específicas na área, tendo os formandos considerado globalmente satisfatória a sua realização anual. Pretende-se estudar prospectivamente o desempenho das equipas em contexto de reanimação, avaliando o impacto das formações na prática clínica.
Palavras-chave: educação médica, inquérito, reanimação cardiorrespiratória, simulação.