1 - Serviço de Radiologia, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa;
- Apresentação em reunião institucional no serviço de Radiologia (apresentação final de estágio de Radiologia Pediátrica – Março 2022);
- Apresentação sob forma de poster electrónico em reunião nacional – XV Congresso Nacional de Radiologia 2022 – 28/09/2022 – 01/10/2022;
Objectivo: Rever a anatomia do baço e as suas principais variantes anatómicas. Identificar as principais lesões esplénicas não-traumáticas em idade pediátrica e abordar as principais características radiológicas, assim como os seus diagnósticos diferenciais.
Material e Métodos: Revisão iconográfica de casos clínicos do nosso Centro Hospitalar, associada à análise retrospetiva e sistemática da literatura.
Resultados: O baço é um órgão intraperitoneal frequentemente afectado por alterações inflamatórias, infecciosas, metabólicas ou processos neoplásicos. Contudo, a patologia esplénica isolada é rara. A patologia esplénica não-traumática nas crianças inclui: baço acessório, “wandering spleen”, poliesplenia/asplenia, quistos, tumores benignos e malignos, patologia infecciosa, enfarte, anemia de células falciformes, rotura espontânea, entre outros. A abordagem diagnóstica inclui uma adequada história clínica, resultados serológicos e achados imagiológicos. A ecografia é a técnica de eleição para abordagem inicial e follow-up de patologia esplénica. A tomografia computorizada e a ressonância magnética são técnicas complementares no diagnóstico, que permitem uma melhor caracterização das lesões e servem de guia para a cirurgia conservadora, quando necessário.
Conclusão: O baço em idade pediátrica pode apresentar várias patologias, cujas características imagiológicas são desafiantes, pelo que é crucial o papel do radiologista na sua deteção atempada. O tratamento das lesões deverá ser conservador, sempre que possível.
Palavras Chave: Baço, Lesões, Não traumáticas; Pediatria, Radiologia