Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital de Dona Estefânia. Centro Hospitalar de Lisboa Central, Lisboa
Congresso Nacional SPOT, Vilamoura, 31-10 e 1 e 2-11-2013 (Conferência)
Resumo: As crianças com Paralisia Cerebral (PC) estão em risco de desenvolver luxação da anca devido a um desequilíbrio muscular em torno da articulação coxo-femoral. Esta situação torna-se ainda mais evidente nas crianças com espasticidade severa e com graus de incapacidade mais marcados (GMFCS III, IV e V). Foi realizada uma avaliação retrospectiva de 31 doentes com luxação unilateral da anca operados, com consulta dos respectivos processos clínicos entre os anos de 1999 e 2013; dois casos foram excluídos por ausência de radiografias, um por ter uma desarticulação da anca contra lateral, e dois por não terem comparecido nas consultas de seguimento.
Nesta avaliação retrospectiva verificou-se que em 25 doentes com luxação unilateral da anca, operados unicamente à anca afectada, só num doente houve luxação da anca oposta com necessidade subsequente de cirurgia. Todos os outros doentes mantêm radiologicamente as ancas com percentagem de migração inferior a 30%.