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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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DIABETES INAUGURAL NUMA ADOLESCENTE COM COLITE ULCEROSA – UM DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO

Cristiana Costa1, Ana Laura Fitas2, Catarina Diamantino2, Sofia Bota3, Isabel Afonso3, Lurdes Lopes2

1 - Área de Pediatria
2 - Unidade de Endocrinologia Pediátrica, Área de Pediatria
3 - Unidade de Gastroenterologia Pediátrica, Área de Pediatria. Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa

- Reunião da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica
- Reunião nacional
- Publicação sob a forma de resumo (Poster)

A diabetes mellitus (DM) está significativamente • associada à colite ulcerosa (CU), tanto em adultos como em crianças. Os corticóides são utilizados há várias décadas para • tratamento na fase aguda. A hiperglicemia, por estimulação da gliconeogénese hepática e inibição da captação de glicose nos tecidos, é uma das consequências da utilização dos corticóides. Existe pouca informação sobre o risco cumulativo de hiperglicemia com a utilização simultânea da corticoterapia e de outros imunossupressores em idade pediátrica. O diagnóstico diferencial de DM inaugural numa adolescente • com CU é desafiante, coexistindo fatores de risco para DM tipo 1 (autoimunidade) e para iatrogenia (corticoterapia, MMF). O facto de os autoanticorpos anti-pancreáticos serem negativos e a insulinémia e péptido-C normais torna menos provável a hipótese de DM tipo 1. A progressiva diminuição das necessidades de insulina após a suspensão do MMF e redução de corticoterapia sustenta a hipótese de diabetes iatrogénica. O uso de corticóides e outros imunossupressores pode induzir um efeito hiperglicemiante cumulativo, sendo por isso fundamental monitorizar a glicémia e a presença de sinais e sintomas sugestivos de hiperglicemia.

Palavras Chave: Diabetes mellitus, corticoides, doença inflamatória intestinal