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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE LESÕES OSTEOCONDRAIS DA PATELA – A NOSSA EXPERIÊNCIA

João A. Figueiredo1, Ana Margarida Vicente2, Marino Machado3, Jorge Ramos4, Mariana Almeida5, Gonçalo Lavareda6, Patrícia Gamelas7, Patrícia Rodrigues8

* Unidade de ortopedia Infantil, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central
1 - Hospital de Cascais – Cascais
2 - Hospital Fernando Fonseca – Amadora
3 - Centro Hospitalar Lisboa Central – Lisboa
4 - Hospital de Vila Franca de Xira – Vila Franca de Xira
5 - Centro Hospitalar do Oeste – Torres Vedras
6 - Hospital do Outão – Setúbal
7 - Hospital Fernando Fonseca – Amadora
8 - Centro Hospitalar Lisboa Central – Lisboa

- 9º Congresso Nacional de Ortopedia Infantil - 16 a 18.09.2021
- Comunicação livre

Resumo: As lesões osteocondrais da patela são frequentemente de origem traumática, em contexto de luxação lateral da patela. O tratamento cirúrgico abrange a excisão ou fixação do fragmento. Estudo retrospetivo incluindo doentes pediátricos com lesões osteocondrais da patela tratados cirurgicamente na nossa instituição entre janeiro/2010 e dezembro/2020. Um total de 20 doentes apresentaram lesões osteocondrais da patela tratadas cirurgicamente. A idade média aquando da intervenção foi de 13,25 anos [10-17], sendo metade do género feminino. O tempo médio de seguimento foi de 53,35 meses [12-138]. Destes, 15 correspondem a fraturas osteocondrais agudas, 9 das quais após luxação lateral da patela. 5 dos casos correspondem a lesões crónicas, 3 das quais por instabilidade femoropatelar e 2 por osteocondrite dissecante. Nos casos agudos realizámos 11 procedimentos de fixação do fragmento e 4 de excisão do mesmo. Em relação aos casos de lesão crónica, foram realizadas 2 ligamentoplastias do MPFL, 2 procedimentos de microfraturas e excisão do fragmento instável e 1 de excisão do fragmento com plicatura do retináculo interno. Não se observaram complicações peri ou pós-operatórias precoces. Verificou-se uma taxa de reoperações de 10% (2). Estes casos correspondem a lesões agudas que apresentaram episódios recorrentes de luxação. O primeiro caso foi reintervencionado 1 ano após a cirurgia inicial, procedendo-se a ligamentoplastia do MPFL. No segundo caso realizou-se osteotomia de medialização e distalização da TAT, 2 anos após a intervenção inicial. Funcionalmente, nenhum dos doentes apresenta limitações, pontuando >95% no Score de Kujala. Discutem-se as indicações, timing cirúrgico, resultados e complicações associadas ao tratamento cirúrgico destas lesões. Concluímos que o tratamento cirúrgico apresenta um resultado funcional excelente com baixa taxa de complicações.

Palavras-Chave: instabilidade femuro-patelar; joelho, osteocondrite dissecante, rotula