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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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TELECONSULTA EM PSIQUIATRIA DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA: QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DOS ADOLESCENTES

Catarina Nascimento1; António Coimbra de Matos2; João Henrique Pereira3;  Inês de Oliveira4; Maria Castello Branco5; Maria Francisca Magalhães6

1 - Interna de Formação Específica em Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
2 - Assistente Hospitalar Graduado Sénior de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Chefe de Equipa na Clínica da Juventude, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
3 - Assistente Hospitalar de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Clínica da Juventude, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
4  - Interna de Formação Específica em Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
5 - Interna de Formação Específica em Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
6 -  Interna de Formação Específica em Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.

- Reunião nacional - Poster eletrónico no XXXI Encontro Nacional da APPIA “ Crescer com a(s) mudança(s): Desafios na Saúde Mental na Infância e Adolescência”.

Resumo:
Introdução: Durante a Pandemia COVID-19 foi estimulado o recurso à modalidade de Teleconsulta como via preferencial, de forma a assegurar a continuidade da prestação de cuidados de Saúde Mental. Em Portugal a utilidade da Teleconsulta é reconhecida, sendo algumas das vantagens apontadas: o aumento da acessibilidade a consultas especializadas, o aumento da equidade nos cuidados de saúde, e a redução dos custos associados.
Objetivos: Avaliar a satisfação dos adolescentes relativamente à Teleconsulta e, perceber se esta modalidade poderá́ ser uma ferramenta útil fora do contexto de pandemia, como complemento à consulta presencial.
Métodos: Estudo observacional e transversal, com recurso a um questionário online, construído de novo, após revisão da literatura científica. O questionário foi enviado a uma amostra de 64 adolescentes que tiveram teleconsulta de Pedopsiquiatria, entre Março de 2020 e Maio de 2021, na Clínica da Juventude. A Clínica da Juventude é um Serviço de Saúde Mental de Consulta Externa dirigido a adolescentes (dos 13 aos 18 anos). Foram obtidas 35 respostas.
Resultados: Os resultados revelam que 82,8% dos adolescentes ficaram satisfeitos com a qualidade do serviço de Telepsiquiatria, o que vai de encontro à literatura científica; 85,7% considera ter tido a privacidade necessária na Teleconsulta; 62,9% sentiu-se suficientemente à vontade para dizer aquilo que diria numa consulta presencial. Comparativamente à consulta presencial: 51,6% sentiu-se menos à vontade, 22,8% sentiu-se mais à vontade e 22,6% sentiu-se igualmente à vontade. A maioria da amostra (57%) considera que a opção de Teleconsulta deve continuar depois da pandemia. Para recorrer a esta modalidade, deverá ser tida em consideração as características do caso clínico, do doente e da sua família. Em relação às limitações do estudo, de ressalvar o tamanho da amostra e o facto de apenas se avaliar a satisfação dos adolescentes. Seria importante avaliar, ainda, a eficácia da Teleconsulta, bem como verificar se existe associação entre o grau de satisfação dos adolescentes e as suas características sócio-demográficas.
Conclusões: No geral, a maioria dos adolescentes ficou satisfeita com o serviço de Telepsiquiatria. O recurso à Teleconsulta parece, assim, ser uma opção a ter em conta como complemento à consulta presencial.

Palavras Chave: Adolescentes; Pedopsiquiatria; Questionário de Satisfação; Teleconsulta.