1 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), EPE, Lisboa
2 - CEDOC, Integrated Pathophysiological Mechanisms Research Group, Nova Medical School, Lisboa
- Publicação em versão integral. Ana Palhinha, Ana Margarida Romeira, Paula Leiria-Pinto. Rev Port Imunoalergologia 2021; 29 (1): 55-59
Resumo:
Introdução: O uso crescente de medicação ocular levou ao aparecimento de um maior número de reações de hipersensibilidade (RH) associadas à mesma. Estas são, na sua maioria, RH tipo IV e, mais raramente, imediatas. Os agentes envolvidos são diversos, desde substâncias ativas dos colírios midriáticos (CM), a substâncias inativas (conservantes).
Relato de caso: Apresenta‑se o caso clínico de um doente com suspeita de RH imediata e não imediata a medicação ocular tópica (tropicamida 10mg/ml, fenilefrina 100mg/ml e ciclopentolato 10mg/ml), cuja investigação incluiu realização de testes cutâneos por picada (TCP) e testes epicutâneos (TE) com os fármacos referidos. Os TCP foram positivos para ciclopentolato no imediato e para fenilefrina às 48 e 96 horas. Os TE foram positivos às 48 e 96 horas para fenilefrina.
Conclusões: De acordo com estes resultados, assumiu‑se RH a fenilefrina e ciclopentolato, sendo realizada prova de provocação ocular (PPO) com tropicamida, que o doente tolerou.
Palavras Chave: Colírios midriáticos, dermatite de contacto alérgica, medicação ocular, reações de hipersensibilidade.