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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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PROTOCOLO DE ATUAÇÃO EM DERRAME PARAPNEUMÓNICO

Joana Queirós Pereira, Madalena Nisa, Pedro Morais, Maria Knoblich, Pedro Reino Pires, Vera Brites

Este protocolo visa estabelecer uma norma intra-hospitalar para atuação prática em casos de derrame pleural parapneumónico em lactentes, crianças e adolescentes no Hospital de Dona Estefânia.
O derrame pleural parapneumónico refere-se a uma coleção de liquido livre entre as camadas pleural e visceral da pleura, secundária a patologia infeciosa de origem pulmonar.  Desde a formação inicial do derrame até aos estadios finais da doença há um processo progressivo que pode ser classifica em 3 estadios: derrame parapneumonico simples, fase fibrinopurulenta e fase organizacional.
O diagnostico é feito com base na clinica, observação, exames laboratorias e exames de imagem.  No que diz respeito à clinica, os sitomas comuns incluem febre e tosse, cansaço, anorexia, dor torácica pleuritica, dispneia, prostraçãoe  dor abdominal.  À observação existe uma respiração superficial, taquipneia, diminuição da expansão pulmonar, macicez à percussão, mrmurio vesicular diminuido ou ausente, fervores e atrito pleural. Analiticamente os doentes apresnetam leucocitose e aumento da PCR, com ou sem trombocitose e hipoalbuminémia.  A colheita de hemoculturas é recomendada embora sejam positivas apenas em 2-20% dos doentes. Deve também ser realizada colheita de liquido pleural para bioquimica, microbiologia, citologia e gasimetria. A radiografia do tórax é o exame de primeira linha, sendo que um derrame de grande volume ou com indicios de loculações deve ser estudado por ecografia, exame com amior sensibilidade.
A terapeutica inclui, em primeiro lugar, suporte respiratório e analgésico. A terapeutica antibiótica está sempre recomendada, sendo que deve ser iniciada antibioterapia empirica precocemente, escolhida com base nos microorganismos mais prevalentes e no local provavel de aquisição de infeção.
No derrame pleural volumoso com persistência de febre e SDR 24h após inicio de antibioterapia, derrame que ocupa > ½ do hemitorax, derrame pleural loculado ou com evidência de septação deve ser colocado um dreno torácico que deve ser deixado até haver uma drenagem inferior a 40-60 ml/dia. Se houver no liquido de derrame indicadores de fase fibrinopurulenta o protocolo de fibrinólise deve ser iniciado, sendo esta a primeira linha de tratamento em derrames parapneumónicos. O protocolo consiste em instilação de ateplase no dreno torácico, seguida de clampagem do mesmo durante 2 horas, num número máximo de 9 instilações. O tratamento cirurgico do derrame pleural fica apenas guardado para derrames com persistência de febre 4 dias após inicio de fibrinólise, sépsis assciada a penumonia apesar de antibioterapia e drenagem, necessidade de descorticação, empiema associado a abcesso pulmonar apesar de antibioterapia e presença de fístula broncopleural.