Centro de Desenvolvimento, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, E.P.E.
- Sala de Conferências do HDE, 20 de Janeiro de 2012.
Ajudar outras pessoas é um objetivo nobre, masa prossecução dessedesideratoapresenta custos emocionais para os prestadores de cuidados.
O exercício de profissões que implicamrelação entre seres humanos,em que umsofre e necessita de ajuda e o outro presta essa ajuda, apresenta desgaste físico e emocional de difícil apreciação.
A manifesta necessidade dos profissionais de saúde se envolverem de forma diferente com o seu trabalho e com os seus doentes é em parte motivada pelo sofrimento e situações limite de vida/morte, que frequentemente vivenciam, bem como por todas as emoções que todo esse contexto acarreta.
Atualmenteexistem estudos que evidenciam esta problemática em atividades que mantêm um contacto direto com as pessoas, mas os profissionais de saúde, surgem hoje como um grupo de risco extremo. As consequências decorrentes dessa prática dos profissionais de saúde,refletem-sena qualidade de vida ebem-estar dos próprios, bem como ao nível da qualidade dos serviços prestados aos doentes.
Os profissionais de saúde estão diariamente sujeitos a inúmeras situações desgastantes, quer ao nível do contacto com os pacientes, quer com o próprio ambiente de trabalho. Acreditamos contudo, que em alguns serviços, de que são exemplo a área dos cuidados intensivos pediátricos, médicos e enfermeiros encontram-seacrescidamente expostos a situações de maior gravidade, devido ao contacto emocionalmente exigente, decorrente do tipo de diagnóstico com que se defrontam os seus pacientes, ao imperativo das difíceisdecisões relativas à deteção das situações clínicas, ao prognóstico e à escolha do tratamento que demonstre maior eficácia e eficiência.
A mudança mais nobre e universal do homem é gerada pelo seu inconformismo permanente, pelo seu desejo de perfeccionismo persistente e inerente à condição humana.
Metodologia de combate:
A gestão do stress no ambiente de trabalho deve ter como principal objetivo a melhoria da qualidade de vida e isso deve estar assegurado na política de qualidade e recursos humanos da unidade de saúde, e identificada na sua visão e missão.
Um conjunto de intervenções podem ser implementadas com o objetivo de gerir os níveis de stress pessoal e organizacional, designadamente, técnicas de relaxamento, exercício físico regular, repouso, lazer e diversão, sono apropriado ás necessidades individuais, psicoterapia e vivências que favoreçam o autoconhecimento, aprendizagem de estratégias de confronto, gestão de conflitos entre pares e grupos, revisão e reestruturação das formas de organização do trabalho, etc.
Palavras chave: Profissionais de Saúde, Cuidados Intensivos Pediátricos, Stress físico e emocional.