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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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IMPACTO DAS FORMAÇÕES “ANAFILAXIA E VACINAÇÃO CONTRA O SARS -COV -2” AOS PROFISSIONAIS DOS CENTROS DE VACINAÇÃO

Míriam Araújo1, Mariana Lobato1, Tânia Gonçalves1, Inês Sangalho1, Gonçalo Martins-dos-Santos1, Joana Sofia Pita1, Sara Prates1, Tomé, André2, Paula Leiria-Pinto1

1 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital Dona Estefânia, CHULC, EPE, Lisbon, Portugal
2 - Unidade de Saúde Familiar do Arco, Agrupamento de Centros de Saúde de Lisboa Central

- 42ª Reunião Anual da SPAIC, reunião nacional, apresentação sob a forma de poster

Introdução: O processo de vacinação contra o SARS -CoV -2 foi desenvolvido com uma rapidez sem precedentes, impondo inúmeros desafios. As reações de hipersensibilidade (RH) reportadas nas primeiras fases de vacinação foram motivo de alerta para a comunidade e de receio para os profissionais de saúde (PS). Isto refletiu -se no aumento significativo da referenciação à Imunoalergologia (IAL).
Objetivos: Para esclarecer as dúvidas quanto à segurança das vacinas e capacitar os PS no tratamento da anafilaxia, o serviço de IAL do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), juntamente com o Grupo de Investigação e Formação do ACES Lisboa Central reuniram recursos para proporcionar formação. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da formação aos PS dos centros de vacinação (CV).
Métodos: A formação decorreu em duas sessões online a 14 e 24 de Abril de 2021. Foram abordados os temas: vacinas disponíveis e sua composição, hipersensibilidade a excipientes, avaliação do risco de RH em doentes com patologia alérgica, diagnóstico e tratamento de anafilaxia. O material didático foi posteriormente disponibilizado. A formação foi avaliada quantitativa e qualitativamente pelos formandos através de questionários online – 15 parâmetros com pontuação entre 1 a 5, sendo 5 a avaliação mais positiva. Avaliámos também a diferença entre o número de telefonemas realizados nas 3 semanas anteriores à primeira sessão (1S) e nas 3 semanas posteriores à segunda sessão (2S).
Resultados: Participaram nas sessões online 70 colegas – 38 na 1S e 32 na 2S. Responderam ao questionário de satisfação 58% (n=22) dos participantes da 1S e 44% (n=14) dos da 2S, resultando numa avaliação média de 4,4 para a 1S e 4,7 para a 2S. Após as sessões, o ficheiro que serviu de suporte à formação foi descarregado 228 vezes e a gravação realizada foi alvo de 102 visualizações. Relativamente ao impacto no número de telefonemas realizados dos CV para o médico de urgência da IAL do CHULC, notou-se uma redução de 13% (62 vs. 54).

Palavras-Chave: COVID-19, vacinação, formação, centros de vacinação

 

Conclusões:

O número de participantes nas sessões e o elevado número de visualizações evidenciam a necessidade de formação sentida pelos colegas. A avaliação feita pelos participantes, entre 4 e 5 nos objetivos, conteúdos e dinâmica das sessões foi positiva. Embora o número total de telefonemas tenha diminuído após as formações, não é possível estabelecer uma relação de causalidade. Contudo, capacitar os PS envolvidos no processo de vacinação é essencial para assegurar que o maior número de utentes é vacinado em segurança.