Serviço de Ortopedia Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
- reunião nacional, Apresentação em Webinar SPOP – Maio 2021
Resumo: O Linfoma de Hodgkin é a neoplasia maligna mais prevalente na adolescência. A palpação de adenopatias cervicais, tipicamente duras e indolores, é o principal motivo que leva os doentes a requerer observação médica. Imagiologicamente, a realização de PET-scan, por norma associada a TC, é o gold-standard para o diagnóstico desta patologia. O prognóstico está intrinsecamente ligado à presença de “sintomas B”, assim como ao número e localização das adenopatias. No entanto, devido à sua elevada radiossensibilidade e quimiossensibilidade, estão descritas taxas de sobrevida aos 5 anos de 98%. O caso clínico que apresentamos diz respeito a um adolescente de 14 anos, previamente saudável, que fora encaminhado à consulta de Ortopedia por um quadro de lombalgia intensa de predomínio noturno com 5 meses de evolução, com agravamento progressivo e importante limitação da marcha. Foi pedida TC, que revelou lesão ocupante de espaço do mediastino, associada a fratura de L2 (AOA2N0). Foi realizada biópsia guiada por TC da lesão mediastínica, assim como instrumentação posterior L1-L3, de forma a estabilizar a fratura, controlar as queixas álgicas e evitar a progressão de défices neurológicos. Após a realização de quimioterapia e radioterapia, verificou-se regressão imagiológica importante das adenopatias descritas, assim como melhoria clínica substancial.
Palavras Chave: Linfoma de Hodgkin, mediastino, Pediatria, cirurgia