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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE LINFOMA DE HODGKIN NA ADOLESCÊNCIA: A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO

Dr. Fernando Silva, Dr. Ricardo Caria, Dra. Joana Correia, Dr. Hugo Ribeiro, Dr.Pedro Amaro, Dr. João Campagnolo

Serviço de Ortopedia Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

- reunião nacional, Apresentação em Webinar SPOP – Maio 2021

Resumo: O Linfoma de Hodgkin é a neoplasia maligna mais prevalente na adolescência.  A palpação de adenopatias cervicais, tipicamente duras e indolores, é o principal motivo que leva os doentes a requerer observação médica. Imagiologicamente, a realização de PET-scan, por norma associada a TC, é o gold-standard para o diagnóstico desta patologia. O prognóstico está intrinsecamente ligado à presença de “sintomas B”, assim como ao número e localização das adenopatias. No entanto, devido à sua elevada radiossensibilidade e quimiossensibilidade, estão descritas taxas de sobrevida aos 5 anos de 98%. O caso clínico que apresentamos diz respeito a um adolescente de 14 anos, previamente saudável, que fora encaminhado à consulta de Ortopedia por um quadro de lombalgia intensa de predomínio noturno com 5 meses de evolução, com agravamento progressivo e importante limitação da marcha. Foi pedida TC, que revelou lesão ocupante de espaço do mediastino, associada a fratura de L2 (AOA2N0). Foi realizada biópsia guiada por TC da lesão mediastínica, assim como instrumentação posterior L1-L3, de forma a estabilizar a fratura, controlar as queixas álgicas e evitar a progressão de défices neurológicos. Após a realização de quimioterapia e radioterapia, verificou-se regressão imagiológica importante das adenopatias descritas, assim como melhoria clínica substancial.

Palavras Chave: Linfoma de Hodgkin, mediastino, Pediatria, cirurgia