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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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SAÚDE MENTAL INFANTIL EM CUIDADOS PRIMÁRIOS

Ana Teresa Prata¹; Inês Oliveira¹; Madalena Rodrigues¹; Mariana Alves¹; Mónica Mata¹; Sarah do Amaral¹

1 - Pedopsiquiatria, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.

- Comunicação oral apresentada no International Conference on Childhood and Adolescence de 25 a 28 de Janeiro de 2020.
- Reunião internacional.

Resumo:
Introdução: De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, uma em cada cinco crianças apresenta uma perturbação mental e esta proporção tende a aumentar. A grande maioria destas crianças e/ou adolescentes recorrem inicialmente aos Cuidados de Saúde Primários pela sua acessibilidade e por serem considerados menos estigmatizantes. Desta forma, os Médicos de Família são frequentemente confrontados com várias situações do foro da Saúde Mental Infantojuvenil. Dada a escassez de estudos, pretende-se realizar uma avaliação da perceção das necessidades sentidas pelos técnicos que trabalham nos Cuidados de Saúde Primários na área da saúde mental infantojuvenil.
Objetivos: Caracterizar a perceção dos Médicos de Família relativamente às patologias psiquiátricas infantojuvenis; identificar e descrever as necessidades específicas dos Médicos de Família na área da Psiquiatria da infância e da adolescência.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo da população de Médicos de Família que exercem funções em Portugal e que preencheram o questionário disponibilizado via eletrónica no período de Abril a Setembro de 2019. Para a recolha de informação utilizou-se um questionário de respostas fechadas e abertas, com um total de 16 perguntas e que utiliza uma escala de Likert. As respostas abertas são dirigidas ao tipo de articulação que os Médicos de Família que trabalham nos Centros de Saúde percecionam existir no seu local de trabalho; aos sintomas que surgem com mais frequência e ao tipo de formação que estaria interessado.
Resultados/ Conclusão: Cerca de metade (49%) da amostra admite grandes dificuldades na gestão destas perturbações. Constata-se que em cerca de metade (49,5%) dos Centros de Saúde não existe articulação com os Centros de Saúde Mental Infantojuvenil. Estes resultados sustentam a necessidade de criação de Programas Psicoeducativos dirigidos a sinais e sintomas específicos e articulação regular com os cuidados de saúde primários.

Palavras Chave: Cuidados Primários; Saúde mental infantojuvenil