1 - Interna de Medicina Física de Reabilitação do Hospital do Espírito Santo de Évora
2 - Assistente Hospitalar de Medicina Física de Reabilitação do Hospital de Dona Estefânia
3 - Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Física de Reabilitação do Hospital de Dona Estefânia e Hospital do Espírito Santo de Évora
- Reunião/ Journal Club da Especialidade de Medicina Física e Reabilitação do Hospital de Dona Estefânia
Resumo:
Introdução: A vitamina D assume um papel essencial no desenvolvimento esquelético da criança, através do controlo da homeostasia fosfo-cálcica e mineralização óssea. A sua deficiência conduz a deformidades ósseas e a literatura mais recentes aponta para um papel importante na etiopatogenia da escoliose idiopática do adolescente (EIA), nomeadamente em consequência de alterações genéticas do recetor da vitamina D. O seu défice é na atualidade um problema à escala global, tanto em crianças como em adultos, particularmente em países desenvolvidos onde a alteração dos hábitos alimentares e a menor exposição solar conduz a um menor aporte e metabolização de vitamina D.
Objetivos: Avaliar a progressão do angulo de Cobb nas populações com e sem suplementação de Vitamina D. Identificar subpopulações de maior risco de progressão e/ou menor resposta ao tratamento com ortóteses.
Métodos: Este estudo inclui duas fases. A primeira é uma análise retrospetiva observacional de doentes com EIA, diagnosticados e acompanhados no Serviço de Medicina Física e Reabilitação entre 2012-2019. Como critérios de exclusão definiu-se: idade igual ou superior a 16 anos à data do diagnóstico, doentes com escasso potencial de crescimento (Risser IV-V), casos de escoliose associada a malformações do ráquis, síndromes genéticos, patologia osteometabólica, neurológica ou tumoral e casos de informação deficitária de registos clínicos e/ou controlo radiológico. Esta fase pretende reunir informação do perfil dos doentes e da sua evolução, bem como estabelecer um grupo de controlo. A fase subsequente é prospetiva, tem como população doentes diagnosticados e acompanhados a partir de 2020, tendo em conta os mesmos critérios de exclusão e adicionando-se como intervenção a suplementação de vitamina D.
Resultados: A primeira etapa do estudo encontra-se em fase de colheita e análise, não sendo ainda possível tecer considerações face ao elevado número de doentes e variáveis de estudo. A segunda fase foi iniciada, mantendo-se o normal seguimento clínico e radiológico.
Conclusões: O término da fase 1 está prevista para o segundo semestre de 2021 e a primeira análise comparativa entre grupo de controlo e grupo de intervenção será apenas possível no segundo semestre de 2022. O estudo permanecerá aberto até à fase final do crescimento (Risser IV-V) dos doentes recrutados.
Palavras Chave: “escoliose”, “prognóstico”, “reabilitação”, “suplementação”, “vitamina D”