1 - Serviço de Estomatologia, Hospital de São José, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
2 - Unidade de Estomatologia, Hospital de D. Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
- Poster – Congresso online SPEMD-NEXTGEN 2020.
- Publicação sob a forma de resumo - Rev port estomatol med dent cir maxilofac. 2020;61(S1):1-38 http://doi.org/10.24873/j.rpemd.2020.12.734
Resumo
Introdução: O Granuloma de Células Gigantes (GCG) é uma lesão óssea, benigna, com predileção pelo sexo feminino e, em 60% dos casos, ocorre antes dos 30 anos de idade. Em 70% dos casos localiza-se na mandíbula. Podem dividir-se em lesões agressivas e não agressivas, segundo a taxa de crescimento e destruição local.
Relato de caso: Doente do sexo feminino, 27 anos, saudável, com queixas de dor e tumefação, no corpo mandibular direito, com 1 mês de evolução. Objetivamente, apresentava tumefação facial geniana direita sem outros sinais. No exame objetivo intraoral há a referir: prótese parcial removível inferior dentomucossuportada e bem adaptada, ausência dos dentes 45, 46 e 47, aumento de volume do rebordo alveolar do 6º sextante, mucosa vestibular hiperemiada, dente 48 com mobilidade fisiológica, mas doloroso à percussão, ausência de fístulas. Radiologicamente observava-se lesão radiotransparente, uniloculada, de predomínio lingual, de limites mal definidos e com áreas de erosão da cortical interna. A excisão revelou tratar-se de granuloma de células gigantes (GCG).
Conclusões: O GCG é uma lesão benigna, por vezes agressiva, associada a dor e destruição das corticais ósseas. No diagnóstico diferencial há que ter em conta quistos e tumores odontogénicos e não odontogénicos. Pode estar relacionada com traumatismo da área, inexistente no caso em apreço. O tratamento resolutivo é cirúrgico e a histologia característica. Após um ano de seguimento, a doente está assintomática e aparenta regeneração óssea.
Palavras Chave: granuloma central células gigantes, mandíbula