1 - Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
- Reunião nacional: póster apresentado no XXX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (APPIA), Guimarães.
Introdução: A oxitocina é um neuropéptido sintetizado pelo hipotálamo. Tem especial interesse na psiquiatria da infância e da adolescência por ter uma relação cientificamente sustentada com a vinculação. Recentemente têm sido sugeridos efeitos comportamentais e cognitivos na socialização em crianças e jovens com diagnóstico de esquizofrenia.
Objetivos:
- Identificar o mecanismo de ação da oxitocina e a sua relação com a esquizofrenia
- Compreender o potencial efeito terapêutico da oxitocina no tratamento da esquizofrenia na idade pediátrica.
- Perceber o grau de evidência científica que apoia o uso de oxitocina nestes quadros, bem como a sua tolerabilidade e segurança.
Métodos: Revisão seletiva da literatura na base de dados PubMed utilizando as seguintes palavras-chave: “oxytocin”, “schizophrenia” e “early-onset schizophrenia”
Resultados: Existe evidência que apoie o potencial terapêutico da oxitocina, desde estudos em modelos animais a humanos a ensaios clínicos controlados por placebo e em dupla ocultação. A maioria dos estudos relativos à esquizofrenia envolvem adultos, mas há evidência que sustenta o uso da oxitocina em idade pediátrica.
Conclusões: A oxitocina tem efetivamente potencial terapêutico na esquizofrenia, com perfis de segurança e tolerabilidade bons. No entanto, ainda são necessários mais estudos que clarifiquem, nomeadamente, a janela terapêutica e qual o subgrupo de doentes que mais beneficiaria desta terapêutica.
Palavras Chave: oxitocina, esquizofrenia, esquizofrenia de início precoce