1, 2, 3, 4, – Serviço de Estomatologia, Hospital de São José, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
5 – Unidade de Estomatologia, Hospital de D. Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
- Poster – III Congresso da Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses (AMEP), Luso 2019.
- Publicação sob a forma de resumo alargado - Revista da Associação dos Médicos nº 17, dezembro de 2019.
Introdução: O nevus branco esponjoso é um distúrbio raro, benigno, autossómico dominante. A doença é habitualmente congénita, mas pode expressar-se apenas na adolescência. Assintomática, caracteriza-se pela presença de placas espessas de cor branca com atingimento preferencial da mucosa jugal. Em termos de diagnóstico diferencial há que considerar outras lesões brancas: líquen plano, candidíase, leucodema, leucoplasia verrucosa, disqueratose congénita ou carcinoma espinocelular.
Relato de caso: Sexo masculino, 6 anos de idade, acompanhado pela respetiva mãe, referenciado pelo médico de família por «placas brancas» na mucosa jugal, assintomáticas, presentes desde o nascimento. Sem antecedentes pessoais relevantes. Ao exame objetivo, apresentava lesões bilaterais, tipo placa, de cor branco acinzentado na mucosa jugal. Sem componente inflamatório ou áreas eritroplásicas, sem adenomegálias. A mãe referia ter lesões semelhantes desde a sua infância.
Conclusões: Habitualmente o diagnóstico de nevus branco esponjoso familiar é clínico. No caso em apreço o diagnóstico definitivo foi estabelecido pela história pessoal e familiar bem como pelo exame objetivo das lesões da mãe e do filho. A histologia do nevus branco esponjoso é característica, mas não patognomónica. A biopsia é importante em casos sem história familiar ou que suscitem outras dúvidas. Não há necessidade de interceção terapêutica.
Palavras Chave: familiar, nevus branco esponjoso