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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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MORDIDA CRUZADA COMO COMPLICAÇÂO DE TRACÇÃO DE CANINO INCLUSO – CASO CLÍNICO

Afonso Martins1, André Pereira2, José Ferrão3, Yashad Mussá4, Jorge Pinheiro5

1, 2, 3, 4 – Serviço de Estomatologia, Hospital de São José, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
5 – Unidade de Estomatologia, Hospital de D. Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

- IV Congresso da Associação dos Médicos Estomatologistas Portugueses (AMEP), Luso

INTRODUÇÃO: O sucesso na tracção de dentes inclusos depende de vários fatores, nomeadamente: criação de espaço na arcada, estabilização da mesma para distribuição das forças de tracção e o uso de forças leves. 
RELATO: No caso clínico em apreço, o dente 33 encontrava-se incluso, em posição mesial, sobrepondo-se a coroa ao terço apical da raíz de 32. Após nivelamento/alinhamento das arcadas e abertura de espaço 3.2-3.4, colou-se botão na coroa de 33 e iniciou-se a tração com mola de níquel-titânio (força leve). Seis meses depois, já com a ponta de cúspide e botão de 33 extra-mucosos, ocorre paragem do movimento, ocorrendo vestibularização de incisivos inferiores e mordida cruzada anterior. Interrompeu-se a tracção e colocaram-se arcos de aço de canto combinados com cadeia elástica para normalização do overbite e overjet. Seis meses depois, já em topo a topo anterior, reiniciou-se tração de 33 com elástico intermaxilar leve entre 33 e 24, tendo-se cumprido o objetivo do tratamento trinta meses depois.
CONCLUSÃO: Apesar de cumpridos os requisitos biológicos e mecânicos, a movimentação dentária teve de ser interrompida por complicações iatrogénicas cuja etiologia os autores não conseguem explicar. Resolvidas estas, reiniciou-se a tracção com sucesso.