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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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INSTABILIDADE GLENOUMERAL EM IDADE PEDIÁTRICA – REVISÃO TEÓRICA

Eduardo Gonçalves1; Maria José Costa2, Mafalda Pires2, Rita Cardoso Francisco2, Ana Soudo2; Sandra Claro2

1- Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa
2- Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa

- Sessão Clínica do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa

Introdução: A articulação glenoumeral apresenta uma laxidão característica devido à conformação das superfícies articulares. A insuficiência de algum dos seus estabilizadores, provoca sinais e sintomas frequentemente abordados em consulta de Reabilitação Pediátrica.
Classificação: Quanto à etiologia: traumática ou não-traumática. Quanto à direção da instabilidade: anterior, multidirecional ou posterior.
Epidemiologia: Incidência: cerca de 11 a 24/100.000 casos/ano, predomínio em adolescentes do sexo masculino; mais frequentemente instabilidade anterior.
Apresentação Clínica: No caso da luxação traumática: dor intensa e membro superior em adução, rotação interna e deslocação antero-inferior, com sulco ou depressão lateral. No caso de sintomas de instabilidade sem luxação ou após episódio de luxação: omalgia de ritmo mecânico e/ou crepitações ou ressaltos com a mobilização.
Exame Objetivo: A avaliação a instabilidade deverá ser avaliada com os seguintes testes: load and shift test, anterior aprehension test, anterior relocation test, posterior aprehension test e sinal do sulco.
Meios Complementares de Diagnóstico: Rx AP e Axilar de forma a avaliar a posição da cabeça umeral, integridade da linha epifisária umeral proximal, presença de lesão de Hill-Sachs, de Bankart ou outras.
Abordagem: A 1ª linha de abordagem é realização de Fisioterapia no sentido de reeducar a cinética escapulo-úmero-torácica e favorecer o fortalecimento da musculatura peri-articular do ombro. Na persistência de sintomas apesar da realização de Fisioterapia dever-se-á realizar RM de forma a descartar lesões não documentadas previamente. Em última linha poderá haver indicação cirúrgica se detetadas lesões específicas ou se os sintomas forem refratários a abordagem conservadora.
Conclusões: A instabilidade glenoumeral é abordada primariamente de forma conservadora com realização de reabilitação na valência de Fisioterapia, com resultados favoráveis na grande maioria dos casos.

Palavras Chave: Instabilidade glenoumeral, omalgia, patologia músculo-esquelética.