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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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Telma Francisco1

1- Unidade de Nefrologia Pediátrica do Hospital Dona Estefânia (HDE), Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Central (CHULC), EPE

- “Quando a noite chega...” XXIIª Reunião Pediatria Ambulatório 2019, Auditório do Hospital Dona Estefânia, Lisboa, 4/Out/2019 (Preleção)
- Sessões de formação da UCF Todos os Santos – Vertente da Criança e do Adolescente: “Patologias comuns – abordagem inicial e quando referenciar ao hospital
- Centro de Saúde S Monte Pedral, 26/Set/2019
- Centro de Saúde de Sacavém, 31/Out/2019
- Auditório do Hospital de Dona Estefânia, Lisboa, 28/Nov/2019

(Preleções)
A enurese define-se como qualquer perda que ocorre durante a noite, independentemente de estar associada ou não a sintomas diurnos, em criança com >5 anos. As causas podem ser orgânicas ou, mais frequentemente, funcionais.
A incontinência urinária funcional pode ser classificada em enurese monossintomática, enurese não-monossintomática e disfunção vesical com sintomas diurnos.
A enurese não monossintomática consiste na perda de urina durante a noite acompanhada de sintomas diurnos, enquanto que na enurese monossintomática as perdas de urina ocorrem exclusivamente durante a noitw, sem outras queixas ou sintomas diurnos.
A disfunção vesical inclui vários diagnósticos: bexiga hiperativa, atraso miccional com bexiga hipoativa e micção não coordenada.
A enurese pode acompanhar-se de diversas comorbilidades psiquiátricas e do neurodesenvolvimento: problemas de socialização, perturbação de hiperatividade e défice de atenção, ansiedade, depressão, problemas do sono e distúrbios do desenvolvimento (perturbação específica da linguagem, etc.).
A abordagem diagnóstica e terapêutica baseiam-se na anamnese e numa avaliação não invasiva e incluem: exclusão de doença orgânica, classificação em uma das categorias funcionais (se aplicável) e identificação de comorbilidades.
A motivação constitui o fator mais importante para o sucesso terapêutico. O doente, a família e os profissionais de saúde deverão trabalhar em equipa.
A uroterapia constitui o pilar do tratamento e a obstipação e os sintomas diurnos deverão ser tratados em primeiro lugar. O tratamento da enurese deverá ser direcionado para a patologia subjacente: vasopressina se existência de poliúria noturna e alarme se na presença de baixa capacidade vesical.

Palavras Chave: enurese, incontinência urinária, disfunção vesical