1 - Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Beatriz Ângelo
2 - Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Vila Franca de Xira
3 - Serviço de Ortopedia do Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
- Poster - 39º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, 24-26 de Outubro de 2019, Tróia
Introdução: Os autores apresentam um caso de uma criança proveniente de S. Tomé que terá sofrido uma queda aos 3 anos de idade que motivou internamento (sem diagnostico conhecido).
Relato de caso: Recorre a consulta aos 12 anos de idade por dor intensa e limitativa na anca esquerda com abdução máxima de 10º e flexão de 90º. Realizou TC que mostrou displasia acetabular marcada, praticamente sem teto acetabular, e cabeça do fémur subida 4,5cm articulando-se com a asa do ilíaco. Achados, estes, que são compatíveis com luxação traumática da anca antiga. Inicialmente, para descer a cabeça do fémur ao nível do acetabulo foi utilizado um fixador externo uniplanar. Cerca de um mês depois foi feita a redução cruenta e artrodese coxofemoral com parafusos canulados. Aos 3 meses pós-operatório apresentava já artrodese consolidada. tinha um varo proximal de 15º e dismetria ligeira. Pelo que aos 6 meses pós artrodese foi submetida a osteotomia de valgização intertrocanterica de 15º. No final do follow up ficou uma dismetria negativa á esquerda de apenas 5mm. Desde 2010 até a última avaliação, há cerca de 2 anos, manteve-se sem queixas álgicas, deambulava sem canadianas e estava satisfeita com o resultado da cirurgia.
Conclusão: A artrodese da anca continua sendo uma modalidade aceitável no tratamento de luxações da anca com deformidade da cabeça e acetábulo altamente displásico.
Palavras Chave: Artrodese da anca; Fixador externo; Luxação da anca