1, 2 - Médico Interno, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
3 - Chefe de Serviço Hospitalar, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
4, 5, 6 - Assistente Hospitalar, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
7 - Chefe de Serviço, Psiquiatria da Infância e da Adolescência, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa.
- Congresso nacional: póster apresentado no XXX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (APPIA).
Introdução: Os comportamentos suicidários na adolescência representam um problema complexo e de prevalência crescente. O comportamento suicidário é concebido como sendo um continuum que se inicia com a ideação suicida, seguindo-se o seu planeamento e finalmente a consumação do ato. Neste sentido, a avaliação clínica cuidada da crise suicidária e subsequente orientação e definição de um projeto terapêutico constituem etapas fulcrais que influem no processo evolutivo destes quadros.
Objetivos: Neste trabalho pretendeu-se caracterizar uma amostra clínica de adolescentes internados numa Unidade de Pedopsiquiatria por Ideação Suicida. Como variáveis foram considerados os fatores de risco e de proteção descritos na literatura; os diagnósticos clínicos estabelecidos e a intervenção psicofarmacológica instituída.
Métodos: População: Adolescentes internados na Unidade de Pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia por Ideação Suicida, durante o ano 2018. Material: Processo clínico do doente. Tratamento dos dados: SPSS® (v10.0.1)
Resultados: Encontrou-se ume relação estatisticamente significativa entre ser do género feminino e ser internado por Ideação Suicida (p=0,000**). Não se encontraram diferenças significativas entre género e tentativa de suicídio ou história prévia de CAL/TS. Encontrou-se uma relação estatisticamente significativa entre estar polimedicado e ser internado novamente num período de 12 meses (p 0,05*).
Conclusões: A partir da caracterização de uma amostra clínica de adolescentes internados (n=74), entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2018, numa Unidade de Pedopsiquiatria por Ideação Suicida, verificaram-se associações entre variáveis da amostra que segundo a literatura consideram-se fatores de risco ou protetores para comportamentos suicidários.
Palavras Chave: Adolescência; Ideação Suicida; Internamento Pedopsiquiátrico; Tentativa de Suicídio; Suicídio.