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2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

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Tratamento da Instabilidade Patelar pela Reconstrução do Ligamento Femoro-Patelar Medial: a Nossa Experiência

Catarina Neto Pereira1, André Santos Barros2, Francisco Gonçalves3, Hugo Fernandes4, Pedro Rosário5, Patrícia Rodrigues6, Delfin Tavares6

1 - Serviço de Ortopedia, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE, Amadora
2 - Serviço de Ortopedia do Hospital de Vila Franca de Xira
3 - Serviço de Ortopedia, Hospital Ortopédico Sant'Iago do Outão – CH Setúbal
4 - Serviço de Ortopedia, Hospital do Oeste
5 - Serviço de Ortopedia, Centro Hospital Barreiro Montijo
6 - Serviço de Ortopedia Pediatríca, Hospital Dona Estefância – Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

6º Congresso Nacional e XXIII Jornadas de Ortopedia Infantil, 24 de Março de 2018, Coimbra (Comunicação Livre)

Resumo: Objectivo: Dado que a Instabilidade Patelar é a patologia do joelho mais comum durante o crescimento e existirem diversas técnicas cirúrgicas para o seu tratamento, pretendemos descrever a nossa experiência com a reconstrução do ligamento femoro-patelar medial durante o período de 2015 a 2017.
Métodos: Doentes em idade pediátrica, com pelo menos 2 episódios de luxação patelar, operados entre 2015 e 2017. A amostra foi constituída por 10 casos, tendo sido realizada, pelo mesmo cirurgião, ligamentoplastia com isquio-tibiais.
Resultados: Foi realizada ligamentoplastia com isquio-tibiais nos 10 casos, tendo a idade da intervenção cirúrgica variado entre 9 e 18 anos. Não houve predomínio de género. 7 casos foram do lado esquerdo.Ocorreram 2 falências da ligamentoplastia. Foi realizada em ambas revisão com realinhamento proximal pela técnica de Insall e realinhamento distal (pela técnica de Grammound num caso, e no outro medializaçao da TAT pelo procedimento de Elmslie-Trillat).
Conclusão: A luxação patelar apresenta cerca de 40% de recorrências após primeiro episódio. O tratamento conservador é a estratégia preferida em primeiro tempo, mas em casos com predisposição anatómica concomitante e recidiva, a reconstrução cirúrgica pode ser considerada. Nestes casos, quando há imaturidade esquelética, a reconstrução do ligamento femoro-patelar medial pode ser suficiente associado ou não a procedimentos de partes moles, com o objectivo de estabilização permanente da patela ou, no mínimo, um ganho de tempo para a realização de um procedimento ósseo definitivo.
Relevância: Luxações recorrentes da patela levam a alterações na cartilagem, daí ser importante a realização de tratamento precoce. Apesar de ainda ser um tema controverso, a reconstrução do Ligamento Femoro-Patelar Medial tem mostrado ser eficaz no tratamento da Instabilidade Patelar, tendo como vantagem a possibilidade de se poder utilizar uma técnica cirúrgica que não danifica a cartilagem de crescimento.

Palavras Chave: instabilidade, MPFL, patelar, reconstrução