imagem top

2023

ANUÁRIO DO HOSPITAL
DONA ESTEFÂNIA

CHULC LOGOlogo HDElogo anuario

SAD DADS - DEPRESSÃO PÓS-PARTO PATERNA

Diana Vieira1, Maria Castello Branco1, Sara H. Pires1

1 - Pedopsiquiatria, Área da Mulher, Criança e Adolescente, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Lisboa

- Poster apresentado no XXIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Psiquiatria da Infância e Adolescência, “Entre levadas e veredas... Os caminhos da saúde mental na infância e adolescência”. Funchal, Auditório Bento Menni – Instituto das Irmãs Hospitaleiras, 12 a 14 de abril 2018

Resumo:
Introdução: A depressão pós-parto (DPP) tipicamente tem sido percebida como um problema restrito às mães de recém-nascidos. No entanto, sabe-se que os períodos pré e pós-natal colocam também vários desafios aos pais e à sua saúde mental. Na última década têm sido reconhecidos e estudados os detalhes acerca da “DPP paterna”, bem como o seu impacto no suporte fornecido pelo pai à mãe e ao bebé, durante o primeiro ano de vida.
Objetivos: O âmbito deste trabalho é fazer uma revisão da literatura mais atualizada quanto à visão contemporânea sobre a “DPP paterna”. Será feita uma revisão das suas características, dos seus critérios diagnósticos, bem como do seu impacto na vida da criança e da mãe. Serão também revistos os fatores de risco para a “DPP paterna” e feitas sugestões quanto à sua prevenção e intervenção.
Métodos: Pesquisa bibliográfica em inglês de estudos e artigos de revisão, através de pesquisa nas plataformas PubMed, Elsevier e Science Direct, com as palavras-chave “postpartum”, “postnatal”, “depression”, “fathers” e “paternal”. A seleção dos estudos baseia-se na sua relevância.
Resultados e conclusões: A “DPP paterna” é prevalente, ocorrendo em 8 a 13% dos novos pais. A depressão materna tem sido identificada de forma consistente como o factor de risco mais importante para o seu desenvolvimento. A “DPP paterna” tem um impacto negativo na família, podendo alterar negativamente o desenvolvimento infantil, a vinculação e a saúde mental das crianças. As crianças filhas de pais com DPP estão em maior risco de desenvolverem problemas emocionais e comportamentais. É então importante pesquisar-se precocemente a DPP não apenas nas mães, mas também nos pais. Assim é recomendável uma avaliação dos pais durante o período pós-natal (p.ex. ao nível dos cuidados de saúde primários), especialmente quando a mãe também está deprimida.

Palavras Chave: depressão pós-parto, pais, paterna, pós-natal